A pandemia provoca impacto forte
na saúde, na economia e também na educação. Qual é a salvação para amenizar os
efeitos dessa crise no nosso país? A vacinação em massa é a resposta. Perdemos muito tempo com a postura
negacionista do Governo em relação à pandemia, aos cuidados de saúde
necessários e à recomendação da comunidade científica. Até a compra da vacina
foi politizada. Estamos pagando um preço alto.
Na sua avaliação, no que o Brasil
errou para figurar em primeiro no número diário de mortes por covid? Acredito que faltou planejamento, liderança e
exemplo. Temos um Chefe de Estado que constantemente ridiculariza a orientação
de distanciamento social e segurança sanitária, que não se solidariza com a
perda de quase 300 mil vidas, que chamou a covid-19 de gripezinha. O exemplo
arrasta multidões, e aqui tivemos um forte exemplo do que não fazer.
Em que a Frente da Educação pode
ajudar? No Congresso Nacional, nós
defendemos medidas educacionais de urgência para mitigar os efeitos da
pandemia. Queremos a aprovação do PL 2949/2020, porque precisamos de uma
estratégia nacional para a retomada do ano letivo com segurança. Os deputados
da Frente estão unidos para derrubar o veto presidencial ao Projeto de Lei nº
3477/2020, que disponibiliza internet gratuita para alunos e professores da
rede pública básica inscritos no CadÚnico. Estamos cobrando, já com a
sinalização positiva do MEC, a prioridade na vacinação dos professores e
profissionais de educação.
Como voltar às aulas presenciais
num momento tão grave de contaminações? A Frente pressionou muito para incluir os
profissionais de educação na prioridade da vacinação contra a covid-19. Esta
semana obtivemos êxito com a concretização da promessa, e acreditamos ser um
passo fundamental para o retorno seguro das aulas presenciais. Sobretudo nas
escolas públicas, que possuem até 40% dos professores da educação básica no
grupo de risco. O momento requer cautela.