Nas redes sociais do DF há sempre lindas e ininterruptas séries de fotos e relatos que mostram as belezas do Eixo Monumental e de áreas do Plano Piloto. Este tesouro - se bem administrado - pode gerar renda e emprego, cultura e saber. Pode fortalecer a economia e a qualidade de vida do Plano Piloto e da região de Brasília a partir de turismo nacional e internacional que usufrua os enormes potenciais urbanísticos, ecológicos e culturais desta "cívitas" patrimônio cultural da humanidade e seu entorno.
Se houver uma bem planejada e bem executada politica de apoio ao turismo cívico
e cultural, de âmbito nacional e internacional, será possível ampliar a oferta
de emprego e renda a partir da hotelaria, de gastronomia com restaurantes que
ofereçam a variedade de pratos regionais, da música e das artes, como o Clube
de Choro e o Teatro Nacional, e do artesanato, como propõe a Secretaria
@Vanessa Mendonça do Turismo.
Foi por esta razão que, no inicio de 2020, o Instituto Histórico e Geográfico
do DF (@Ihg DF) pediu recursos ao BRB para realização de Simpósio Internacional
sobre o Potencial Cultural e Econômico do Eixo Monumental. O Seminário contaria
com palestrantes e especialistas que conduziriam oficinas práticas para avaliar
exemplos (bons e ruins) de políticas públicas e projetos para promover cultura,
turismo, emprego e renda. Tudo para inspirar novos programas e projetos no Eixo
Monumental e entorno. Um Simpósio com debates e ateliês entre os que conduzem
atividades que valorizam o turismo e a cultura em Washington e Paris com os membros
da governança candanga que atuam no urbanismo e nas atividades sociais,
econômicas e culturais do DF.
Para tanto caberia atualizar os simbolismos da "cívitas" de Lucio
Costa. Por exemplo, construir rampa, com ladrilhos de Athos Bulcão, para
interligar o Parque dos Constituintes (símbolo da democratização) com a Praça
dos Três Poderes.
Mais importante ainda é obedecer o plano piloto de LC para atividades culturais
na Esplanada. Dizia Lucio que ”... o setor cultural [deveria ser) tratado à
maneira de parque para melhor ambientação dos museus, das bibliotecas, do
planetário, das academias, dos institutos etc.“ Por ora, o setor cultural
permanece desocupado, com lotes vazios e poucas pessoas, em área que deveria
estar fervilhando, com gente e com atividades culturais que espelhassem o
Brasil.
O Simpósio foi abortado pela pandemia que interrompeu atividades na sexagenária
Brasilia. Talvez seja possível voltar ao tema quando seu aniversário for
comemorado. Com atraso, mas renovado vigor porque sua excepcionalidade
urbanística assim exige. E também porque cabe mostrar a história e a cultura de
nosso país aos brasileiros e aos muitos estrangeiros que querem saber mais
sobre o Brasil.
Se tudo isso for feito, o Plano Piloto será consolidado, com mais emprego e renda
para nossa população. Vamos tornar realidade sonhos e esperanças de candangos,
de JK, Lucio Costa e de Oscar Niemeyer. Assim como de todos que acreditam no
Brasil.
Foto: IHG-DF – Instituto
Histórico e Geográfico do DF