test banner

Relaxar ao ar livre com segurança

Para Gabriel Aguiar e a namorada, Ynara Lira, o feriado foi um dia para conhecer a Praça dos Três Poderes

Mesmo preocupada com o contágio pelo coronavírus, Nayara Benevenuto levou a filha para se divertir ao ar livre

 

Relaxar ao ar livre com segurança. Apesar de o Distrito Federal registrar o número de recorde de mortes pela covid-19 nos últimos dias, a reportagem encontrou brasilienses aproveitando o feriado de ontem sem máscara, nadando no lago perto da Ponte JK e aglomerando. Por outro lado, muitas pessoas se mostraram preocupadas e cumpriram as medidas sanitárias de proteção

 

Com o céu azul encoberto de nuvens e com calor de 30ºC, os brasilienses aproveitaram o feriado da Sexta-feira Santa, ontem, para caminhar no parque, conhecer os monumentos da Praça dos Três Poderes e levar os filhos para se divertir ao ar livre. Apesar de o Distrito Federal bater o número de recorde de mortes pela covid-19 nos últimos dias, muitos brasilienses se esqueceram das medidas sanitárias para conter a transmissão do novo coronavírus. 

 

A reportagem percorreu o Parque da Cidade e encontrou muitas pessoas sem a máscara facial ou utilizando de forma inadequada. Já na Orla da Ponte JK, o Correio notou um número grande de pessoas nadando no lago, não respeitando o distanciamento social e sem o item de proteção, que são as principais iniciativas recomendadas pelos órgãos de saúde para impedir a disseminação do coronavírus.

 

A advogada Wina Lages, 41 anos, decidiu curtir o feriadão para caminhar no Parque da Cidade, enquanto o filho de 11 anos estava na casa de um amigo. Ela diz que gosta de fazer atividades ao ar livre durante as folgas. “Eu frequento o parque nos feriados e nos finais de semana, porque durante o dia a dia com o trabalho não dá”, explica.

 

Wina conta que sempre faz caminhadas utilizando a máscara para se proteger do vírus e prefere ir ao parque entre o período de 11h e 14h, quando não há um número maior de pessoas circulando pelo local. “Eu acho que de manhã cedo é muito mais cheio e, esse horário é mais tranquilo, tem bem menos gente”, afirma a advogada. A moradora do Lago Norte relata que geralmente vem acompanhada do filho e para eles é um momento de “olhar a natureza, espairecer e descansar um pouco do cotidiano”. Ela acrescenta que evita levar o menino aos parques para brincar. 

Respeitando as medidas de proteção, Wina Lages aproveitou para fazer caminhada no Parque da Cidade

Muitas pessoas que foram à Orla da Ponte JK, ontem, não respeitaram o distanciamento social e nem usaram máscara de proteção

 

Já a funcionária pública, Nayara Benevenuto, 35 anos, aproveitou o dia para levar a filha Laura para curtir ao ar livre da Orla da Ponte JK. "Como a minha filha ainda está em aula on-line, a gente resolveu trazer uma atividade ao ar livre. Eu prometi a ela que traria um lugar que tem parquinho para gente brincar um pouco e gastar essa energia que está tão acumulada”, disse.

 

A mãe revela que não sai de casa sem o álcool em gel e a filha faz o uso de uma máscara mais resistente para se proteger da covid-19. “A Laura está até com uma máscara mais profissional, porque a gente já entende que, infelizmente, os pais não têm o mesmo cuidado que nós temos. Então, prefiro cuidar mais da gente para que ela não transmita o coronavírus se estiver contaminada”, conta. Ao chegar à orla, Nayara crítica os frequentadores do local: “Estamos vendo muita gente sem máscara, muita gente que parece não está se importando com o que está acontecendo no noticiário. Até então, acho que somos a minoria que está protegida e não estamos nos aglomerando”, reclama a moradora da Asa Sul. 

 

O estudante Gabriel Aguiar, de 22 anos, tirou o feriado para conhecer a Praça dos Três Poderes, na Esplanada, ao lado da namorada Ynara Lira, de 18 anos. "Eu vim dar uma visitada, nunca tinha vindo antes a essa parte de Brasília. Eu moro na Asa Norte e, como mudei recentemente pra lá, não tenho muito conhecimento dessa parte aqui, Asa Sul, Sudoeste e Águas Claras”, pondera. O jovem é de Várzea Grande, Mato Grosso, e se mudou para o DF há seis meses. 

 

Precavido, o estudante disse que veio tomando todos os cuidados e seguindo as medidas sanitárias, como o uso da máscara, higienização com álcool em gel e evitando transporte público. “Como eu moro aqui perto, preferimos pegar o uber do que pegar um transporte público. Embora seja mais barato, a gente prefere por causa da aglomeração que é menos e mais rápido também”, esclarece o estudante.



         Larissa Passos – Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press – Correio Braziliense




Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem