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ENTREVISTA: Ibanes Rocha - Governador do Distrito Federal

Trabalho com expectativas realistas. Ao Correio, o emedebista defendeu a realização da Copa América na capital federal e disse que o controle será rígido. Ele afirmou, também, que o DF tem um planejamento para avançar na vacinação, mas depende das entregas de doses do Ministério da Saúde

 

Em entrevista ao Correio, o governador Ibaneis Rocha destaca que o GDF tem um calendário de vacina e o segue, mas depende de imunizantes enviados pelo Ministério da Saúde. Sobre os jogos da Copa América em Brasília, afirma que “o controle sanitário será mais rígido do que o das eliminatórias da Copa do Mundo e da Copa Sul-Americana”.

 

O GDF prepara um calendário amplo de vacinação? O calendário já existe. Não está sendo divulgado porque dependemos da chegada das vacinas do Ministério da Saúde. Prefiro trabalhar com expectativas realistas.

 

Como será gerenciada a bolha para os jogos da Copa América? Não haverá bolha. Os jogos serão sem torcida; jogadores, dirigentes e trabalhadores estão vacinados e controlados. O controle sanitário será mais rígido do que o das eliminatórias da Copa do Mundo e da Copa Sul-Americana.

 

O processo de compra da vacina Sputnik está avançado? Só depende da Anvisa? Como será a distribuição por estados do Centro-Oeste? O Consórcio Brasil Central mantém o interesse na vacina, mas está aguardando a análise da Anvisa para pode efetivar a compra.

 

A imunização dos professores será um grande salto para a volta à normalidade pré-pandemia. Até agosto todos os alunos estarão em sala de aula? O lote da vacina Janssen pode ser usado, pois ela é aplicada em apenas uma dose? A vacina da Janssen será aplicada nos professores para que a categoria fique imunizada rapidamente e a gente possa voltar às aulas presenciais.

 

A atenção primária é a base no combate à pandemia, identificando novos casos com testes e os isolando, como o GDF atua nesse front? A testagem continua sendo feita nos parâmetros determinados pelo Ministério da Saúde e até da OMS (Organização Mundial da Saúde). As portas de entrada são sempre as mais de 150 Unidades Básicas de Saúde em todas as regiões e, depois de atendidos pelo médico, se for o caso, há o encaminhamento para o teste.

 

O GDF tem várias frentes de atuação. A geração de empregos e a manutenção de vagas possibilitam uma rápida retomada da economia. Quais ações estão sendo feitas nesse sentido? Nós temos atuado em várias frentes. Primeiro, aceleramos as obras públicas, fazendo licitações e começando obras importantes que geram mais de 30 mil empregos diretos e indiretos; ao mesmo tempo, procuramos incentivar obras privadas, destravando a burocracia, incentivando as empresas. Mas também nos preocupamos com os pequenos empresários, que têm acesso a crédito facilitado pelo BRB —colocamos R$ 5 bilhões no mercado, para proteger empregos.

 

Mesmo na pandemia, o GDF focou em obras novas e manutenção da cidade, garantido que a capital não sofresse um impacto maior da crise sanitária. O senhor acha que nas eleições todo esse esforço será reconhecido? Com a eleição vou me preocupar na hora apropriada. Por enquanto, quero cumprir meus compromissos com a sociedade. Manter a cidade funcionando, limpa, com manutenção boa, fazer grandes obras tão necessárias para o futuro do DF, melhorar as condições de vida das famílias mais carentes, dar uma educação e uma saúde de qualidade. Nos próximos dias, vamos lançar ou iniciar uma série de obras importantes, como o viaduto do Setor Gráfico e a pavimentação das estradas rurais que levam às escolas.


José Carlos Vieira – Foto: Ana Rayssa/CB/D.A.Press – Correio Braziliense



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