Segundo levantamento, foram 1.768 atendimentos para pacientes
estomizados; 5.932 para retirada de pontos e de gessos; 8.986 para a realização
de curativos em lesões de pele complexas graves. De segunda a sexta, das 7h30
às 11h e das 13h30 às 17h30, exceto feriados, a população pode contar com o
serviço, via agendamento. No caso de pacientes pós-cirúrgicos, operados no
próprio HRSM, há uma equipe especializada para a retirada de pontos e de gesso,
que acompanha a evolução de pacientes recém-operados por traumas e cirurgias de
tratamento de cânceres, por exemplo.
Atendimentos: Os pacientes
são acolhidos por uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros,
nutricionistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e técnicos de
enfermagem.
Na Sala de Lesões Complexas Graves
são feitas trocas de curativos, em intervalos de um a 15 dias, de acordo com a
necessidade de cada paciente. O perfil atendido é composto por aqueles que
possuem lesões complexas, ou seja, não seguem período normal de cicatrização e
devido a processos infecciosos demandam tempo cicatricial além do esperado, bem
como aqueles com perdas de tecido extensas e traumas. No local, também são
acolhidas pessoas diagnosticadas com diabetes que possuem com feridas no pé ou
com ferimentos graves de pele como úlcera, urticárias, micoses, entre
outros.
Durante a pandemia, a sala manteve uma média de 200 atendimentos por
mês, de acordo com a chefe de enfermagem do Ambulatório, Raiane Alves. “Esses
pacientes não podem parar o tratamento, que consiste na limpeza e aplicação de
um curativo na ferida periodicamente para diminuição ou cura da enfermidade”,
explica a profissional de saúde.
Lá que Rozeno da Silva, de 79 anos, recebe os cuidados necessários. Ele
foi submetido à colostomia no Hospital Regional do Gama, após o aposentado
apresentar uma grave infecção no intestino. Depois disso, o paciente foi
encaminhado para o HRSM, onde recebe, uma vez por mês, as orientações de
higienização e troca da bolsa de colostomia pelos enfermeiros. Depois do
procedimento, ele recebe um novo kit, com bolsas e materiais que serão
utilizados durante o mês.
A esposa Ilda Constância, de 77 anos, acompanha Rozeno durante todas as
sessões e é a responsável por fazer a troca das bolsas, em casa, uma vez por
semana, além da limpeza. “A gente se sente muito amparado e acolhido com o
atendimento que recebemos no Hospital de Santa Maria”, diz Ilda.