Empresas de construção civil que ganharam
licitações para obras públicas estão receosas de assinar os contratos devido ao
grande aumento no preço dos insumos. A alta nos materiais como aço, pvc,
concreto, entre outros, no último ano, provoca grande defasagem entre os
orçamentos vencedores e os custos reais das obras a partir de agora. É o que
aponta a Associação Brasiliense das Construtoras (Asbraco). Com receio de ter
de arcar com prejuízos, o setor pede o reequilíbrio de contas por parte da
Novacap. Chegaria a 30% a margem para reajustamento dos valores dos
contratos.
Unidades de saúde: No momento, 40
empresas estão à espera de uma posição do GDF para assinarem os contratos.
Obras já licitadas na área de saúde, e até viadutos, estão entre as que aguardam
uma solução para o impasse. A atualização dos orçamentos está prevista na Lei
de Licitações desde que seguindo critérios. “O que pedimos é que o GDF agilize
esse processo, nos informe quais são as exigências”, afirma o presidente da
Asbraco, Luiz Afonso Delgado Assad (foto).
Pagamentos em dia: Por causa da pandemia,
os preços se elevaram. A construção civil foi um setor que não parou, mas a
demanda foi superior à oferta. Nos últimos 12 meses, o aço aumentou em 154 %;
materiais elétricos, em 100%. “Acreditamos que a atual gestão terá
sensibilidade para nos atender. O governador Ibaneis, por meio da Secretaria de
Economia, está pagando em dia as empresas que estão executando as obras. Não
podemos reclamar de atrasos do que já está sendo realizado”, pondera Assad.
Lealdade nos negócios: A traição no empreendedorismo pode ser fatal, além de eticamente reprovável. Uma empresa e seus representantes devem ter como premissa a fidelidade aos seus clientes, colaboradores e fornecedores. Entre sócios, a relação também precisa ser muito preservada. Essas relações só devem ser quebradas se houver divergência com os princípios que as criaram. Essa é uma lição empresarial que serve como lição de vida para o superintendente do Sebrae DF, Valdir Oliveira. “Fiz, há alguns dias, uma ampla reflexão pública sobre o tema. No mundo dos negócios, infelizmente, vemos muitas traições movidas por contrariedades pessoais. Essa é uma péssima forma de se conduzir uma vida empresarial”, aponta Valdir. Na análise dele, a empresa ou o empreendedor que quebra relações de confiança fica com essa marca na vida e vai acumulando uma imagem negativa com a perda da credibilidade em seu meio.
Mais opções de gastronomia funcional: Consumir alimentos saudáveis é um hábito que sempre foi seguido pela brasiliense Lígia Braga, 27 anos, e isso a motivou a abrir o próprio negócio. Desde 2019, está à frente do Vert Café, na 403 Sul. Lá, oferece uma gastronomia funcional, com refeições feitas com alimentos orgânicos e ainda conta com diversas opções para o público vegano. Formada em publicidade pela UnB, analisou o que poderia ser mais rentável. “Muitas pessoas relacionam a comida saudável a frango grelhado e salada, quando, na verdade, há várias outras alternativas. Foi com essa intenção que decidi empreender”, conta.
Pesquisa na Finlândia: Ligia viajou à Polônia
e à Finlândia para observar conceitos e tendências para aplicar em sua
cafeteria. Os finlandeses são um dos maiores consumidores de café entre os
países da Europa e da América do Norte, segundo a Organização Internacional do
Café (OIC). No país, cada cidadão consome, em média, 12 quilos por ano. Mas foi
no Sebrae do Distrito Federal que buscou apoio para elaborar seu plano de
negócios, documento que funcionou como uma espécie de bússola para garantir o
sucesso da marca. E ele chegou. Tanto que já há planos de abrir novas
unidades.