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A onda das coligações nas eleições do DF

A onda das coligações nas eleições do DF

 

A volta das coligações partidárias, aprovada pela Câmara dos Deputados, está provocando um frisson no cenário político do DF. Especialistas em eleições locais avaliam que o retorno das alianças partidárias afeta diretamente candidatos que pretendem concorrer ao Poder Legislativo. Com as coligações, as nominatas para os cargos proporcionais – deputados federais e distritais – perdem espaço na negociação entre as legendas. Quem tinha nominata para vender está com o mico na mão. Em um cenário de coligações, a situação melhora consideravelmente para os governadores que estão no poder. Ibaneis Rocha, por exemplo, pega uma maré boa. Ele terá várias frentes a trabalhar pela reeleição, sem precisar apoiar nenhum candidato a presidente da República. O difícil é harmonizar a situação de tanto candidato e administrar a relação com Bolsonaro.

 

Contra a corrente: Só tem um probleminha, como diz a querida Denise Rothenburg: o rebuliço em relação às coligações esbarra no Senado Federal. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, deixou clara a tendência dos parlamentares em manter os termos da reforma eleitoral de 2017, que pôs fim aos arranjos partidários. 

 

Na pista: A vaga de senador na chapa do governador do DF é objeto de intensa disputa. Atento aos movimentos, Ibaneis já chamou a deputada e atual ministra Flávia Arruda de “senadora” em alguns eventos públicos. Mas o ex-governador Paulo Octávio corre por fora, assim como o secretário de governo, José Humberto Pires.

Corre, Paco, corre: Não está fácil pra ninguém, mas para o o vice, Paco Brito, a pedreira é grande pela frente. O grupo evangélico, que une várias igrejas e milhares de fiéis, quer emplacar um nome.

 

Na flauta: Vem aí a nova temporada da campanha #Vaitrabalhardeputado. Lançada pelo Correio, a iniciativa ganhou adesão da sociedade  e obrigou os parlamentares da Câmara Legislativa a largarem a vida boa e exercerem o mandato com seriedade. Quem faz a linha dolce far niente vai precisar mudar os hábitos.

 

Uma noite no museu: O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, foi surpreendido logo cedo com uma mensagem da segurança que cuida do Museu de Arte de Brasília (MAB), com o seguinte relato: “Esta noite, recebemos a visita de duas capivaras, que comeram alguns canteiros, só ficando o rastro.” Até as best friends do reino animal andam estressadas em Brasília. 

Some daqui para não atrapalhar: A Igreja Universal quer ampliar a presença no Congresso Nacional a partir do DF. Além do atual deputado federal Júlio César, a denominação religiosa vai trabalhar para eleger o atual secretário de Ciência e Tecnologia do GDF, Gilvan Maximo. A fim de evitar ruídos na campanha, a primeira providência foi tirar do território do DF outro secretário, Vitor Paulo. O antigo responsável pela pasta de Relações Institucionais do Distrito Federal teve que se mudar para São Paulo. Em seu lugar, assumiu o filho.

 

Por que parou? Parou por quê? Apesar de informações não oficiais circularem em grupos de WhatsApp sobre a regularização da Gleba 2 de Vicente Pires, fontes ligadas ao GDF destacam que o processo de venda dos lotes “ainda está travado”. A regularização da área da União está sob coordenação da Terracap. A expectativa é de que, até o fim do primeiro semestre de 2022, a regularização deslanche de vez. Em matemática eleitoral, a regularização dos trechos 2 e 4 da Região Administrativa (RA) deve beneficiar 237 mil moradores.

Contra o veto: O senador Antonio Reguffe (Podemos-DF) busca o apoio de colegas para derrubar o veto presidencial ao projeto de lei 6330/2019, que obriga os planos de saúde a custearem a quimioterapia oral para pacientes com câncer. Na justificativa do veto, o governo afirma que a medida afetaria a “sustentabilidade” do mercado de saúde privado. “É muito mais humano um paciente com câncer tomar um comprimido no conforto da sua casa do que ter que se internar em um hospital para tomar a quimioterapia na veia. E é mais caro se pagar uma internação, sem contar ainda possíveis custos decorrentes de infecções, do que o custo da maioria dos comprimidos de quimioterapia oral”, argumenta Reguffe.


Gente grande: Três das agências de publicidade que venceram a concorrência do GDF estão entre as cinco primeiras do certame realizado no Rio de Janeiro. No DF, foram classificadas Nova/SB, Propeg, e CaliaY2, além da Babel, de São Paulo. No Rio, além das três primeiras, entraram a E3 e a Nacional. Conclusão: não há mais espaço para agências sem estrutura nos governos estaduais.

Paris não é aqui: Integrante da bancada feminina no Congresso, a ministra Flávia Arruda (PL-DF) recorreu a uma citação da parisiense Simone du Beauvoir para se manifestar sobre a condição social e política das mulheres. “Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida”, escreveu Arruda em uma rede social. Não custa lembrar: ícone do feminismo, Beauvoir defendia o regime de Stálin e manteve, por décadas, um relacionamento aberto com Jean Paul Sartre, ateu convicto. Trata-se, portanto, de um personagem por demais complexo no universo restrito das redes sociais.

Elas por elas: A bancada feminina na Câmara pediu ao presidente da Casa, Arthur Lira, que leve ao plenário o projeto de lei 1951/21, que estabelece um porcentagem mínima de mulheres nas três esferas do Legislativo. A ideia é chegar a 30% das cadeiras de parlamentares até 2038. “Temos menos de 15% de mulheres no Congresso. Temos três estados que nem têm representação feminina. Isso representa um crescimento para o Brasil inteiro”, disse ao Correio a deputada Celina Leão (PP-DF). A proposta já foi aprovada no Senado. 


Carlos Alexandre de Souza  - Coluna “Eixo Capital” – Fotos/Ilustração: Blog-Google - Correio Braziliense


 


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