test banner

Entrevista: José Humberto Pires - Secretário de Governo do DF

"No dia 1º (de setembro), será inaugurada uma unidade básica de saúde (UBS) no Riacho Fundo 2 e, até o final do ano, mais cinco. Além de sete Upas"

 

Infraestrutura e Saúde no foco do GDF.  Secretário ressalta que, no DF, há 669 obras licitadas em andamento, com R$ 4,7 bilhões em investimento, gerando mais de 50 mil empregos na capital do país. Para ele, Brasília é um exemplo na campanha de vacinação contra a covid-19

 

O secretário de Governo, José Humberto Pires, informou que o Distrito Federal tem 669 obras licitadas em andamento, o que corresponde a mais de R$ 4,7 bilhões investidos em infraestrutura. Ao programa CB.Poder — parceira do Correio Braziliense com a TV Brasília —, ele estimou que as melhorias, reformas e construções geraram, direta e indiretamente, 50 mil empregos em Brasília, e que a Ponte JK passará por revitalização. “No mês de setembro, nós vamos soltar a licitação da revitalização completa da Ponte JK, com investimentos de R$ 47 milhões”, disse em entrevista à jornalista Adriana Bernardes, ontem. O secretário ressaltou a importância do viaduto da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig). “Essa obra não foi pensada de qualquer maneira, ela faz parte de um plano estratégico de mobilidade pública”, afirmou. José Humberto Pires adiantou que hoje começa uma nova etapa do Túnel de Taguatinga. “Vamos começar, agora, a laje. Esta obra impacta mais de um milhão de pessoas, o investimento é de R$ 275 milhões, e estará pronta até junho do ano que vem”, garantiu.  O secretário avaliou, também, a atuação do Governo do Distrito Federal (GDF) na condução da pandemia. Para ele, “é o momento da virada de chave”. “(A Secretaria de Saúde vai) voltar a fazer as cirurgias eletivas, principalmente cirurgias de baixos riscos que precisam ser feitas”, defendeu.

 

Houve erro na gestão em relação à pandemia? A pandemia tomou conta do cenário. Para combater a pandemia não foram só as medidas restritivas e sanitárias que foram necessárias, começou a ter que vacinar, e quem fornece as vacinas é o governo federal. Hoje, Brasília é um exemplo de vacinação. Nós somos o segundo lugar de imunização no Brasil. É o momento da virada de chave.

 

O que é essa virada de chave? É começar a desmobilizar os hospitais regionais que atendiam covid-19 e levar as pessoas para os hospitais campanha. Voltar a fazer as cirurgias eletivas, principalmente cirurgias de baixos riscos que precisam ser feitas. Melhorar a gestão do Instituto de Gestão Estratégica (Iges) no sentido de complementar o material que precisa para o Iges começar a fazer as cirurgias de maior complexidade. No dia 1º (de setembro), será inaugurada uma unidade básica de saúde (UBS) no Riacho Fundo 2 e, até o final do ano, mais cinco. Além de sete Upas (unidades de pronto-atendimento) para atender a população.

 

E em relação às denúncias de irregularidades e má gestão na Saúde? Tem investigação da Polícia Civil, do Tribunal de Contas do DF, do Ministério Público do DF... A apuração tem sido realizada. A Justiça vai atribuir responsabilidade, se houver pessoas responsáveis. Mas não muda nada na pauta da Saúde. Nós precisamos dar atenção às pessoas, dar condições para que elas sejam tratadas. Estamos melhorando a infraestrutura, vamos gastar R$ 20 milhões nos meses de setembro e outubro. Criamos um cartão de descentralização de recursos para os gestores de hospitais. O cartão estará na mão dos gestores no mês de setembro.

 

Nos bastidores, o senhor me contou sobre novidades na área de infraestrutura. O que vem por aí? Temos muitas novidades, evidentemente o GDF não para. Uma das boas novidades é que nós chegamos a marca de 669 obras em andamento simultâneas, com R$ 4,7 bilhões de investimento, gerando cerca de 50 mil empregos nessa área de infraestrutura do governo, diretos e indiretos.

 

Uma obra que está gerando bastante polêmica é o viaduto da Epig. Alguns moradores estão preocupados com o aumento de fluxo de veículos e o aumento de velocidade nas vias. Questionam o alargamento das vias, com supressão de vegetação. O que tem a dizer para esses moradores? Essa obra não foi pensada de qualquer maneira, ela faz parte de um plano estratégico de mobilidade pública. Está, desde 2019, sendo pensada, faz parte do Corredor Eixo Oeste de transporte. Isso vem causar grande surpresa, pois é uma intervenção que pode mexer um pouco com a comunidade que vive ali. Mas poucos poderão ser prejudicados, a maioria vai ser beneficiada.

 

Começa uma nova etapa da construção do Túnel de Taguatinga? Nesta terça-feira. O governador estará presente. Vamos começar a concretagem da laje, ou seja, as paredes já foram feitas, a base está toda feita, toda parte de concretagem lateral está concluída. Vamos começar, agora, a laje. Esta obra impacta mais de um milhão de pessoas, o investimento é de R$ 275 milhões, e estará pronta até junho do ano que vem. Portanto, está se trabalhando em uma velocidade muito grande. Temos feito visitas permanentes, procurando minimizar os transtornos que a obra traz e trouxe, mas, certamente, vai ser um legado muito importante, que vai ficar para aquela região Oeste de Brasília que atende todas aquelas cidades: Ceilândia, Samambaia, Pôr do Sol/Sol Nascente e outras que estão ali nas imediações.

 

O que vai ser feito na Ponte JK? Há um projeto para os demais viadutos e tesourinhas do DF? Nós temos um comitê de gestão das obras de arte. Obra de arte em Brasília é o que não falta. A cidade toda cortada com viadutos, pontes e etc. Esse comitê faz um trabalho técnico de avaliação de todas essas obras. E fizemos revitalização de alguns viadutos, inclusive aquele da Galeria dos Estados que já entregamos. E, com a Ponte JK, a boa notícia é que, agora, no mês de setembro, nós vamos soltar a licitação da revitalização completa, com investimentos de R$ 47 milhões.

 

O que vai ser feito nessa revitalização (da Ponte)? A ponte é uma obra de arte que começa a ser observada na sua parte interna. Identificar quais são os problemas que ela tem e quais são as patologias que ela apresenta, todas as rachaduras que nem sempre colocam em risco. Mas, nesse caso específico, nós vamos revitalizar a ponte por completo. Tanto do ponto de vista da infraestrutura quanto de melhorar todo o visual da ponte. Ou seja, teremos um dos símbolos de Brasília totalmente revitalizado, ainda dentro do Governo Ibaneis.

 

Foi detectado um problema estrutural mais grave (na Ponte)? Não há um problema grave na estrutura, mas, como é uma análise técnica feita por pessoas de alta competência, da Secretaria de Obras, da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital), do DER (Departamento de Estradas e Rodagens) e da Defesa Civil, verificou-se que está na hora de fazer essa revitalização. Nós temos que olhar para Brasília, não para atender quando o problema chega, temos que preservar a nossa cidade. Essas obras de arte são fundamentais. Esse é um dos monumentos que contemplamos na nossa cidade.

 

Há alguma previsão de troca nas administrações regionais? Tudo que é precipitado atrapalha a gestão. Nós temos que focar na nossa missão, que é entregar o que foi prometido no plano Governo Ibaneis. Ele fez um plano de governo muito bem-feito. Eu fui um dos coordenadores da transição. Nós temos mais de 69%, quase chegando aos 70% de compromissos assumidos realizados. Eu acho muito precipitado falar em eleição neste momento. Nossos administradores, secretários, toda nossa equipe está focada em dar uma resposta efetiva à população na questão da gestão. Evidentemente, vai chegar o mês de outubro, e tem essa movimentação de partidos. Mas as decisões mais definitivas virão entre março e abril. Certamente, o governador Ibaneis saberá, com muita maestria, conduzir todo esse processo eleitoral.

 

Uma pesquisa recente mostra que aumentou o número de brasilienses na linha da pobreza... Uma grande realidade do DF. Sabemos que, aqui, temos as maiores diferenças entre os mais ricos e os mais pobres. Brasília é uma cidade de serviços, ela não tem grandes indústrias, não tem um grande setor de agricultura, não é empregadora dessa área que se manteve em crescimento mesmo com a crise econômica. Brasília vive de turismo. Foi muito sofrível, e nós estamos buscando melhorar o apoio do governo para que isso volte o mais rápido possível. O governo agiu, criou o Cartão Prato Cheio, criou todos aqueles projetos sociais englobados em um só. Agora, acabamos de criar o Cartão Gás que vai ajudar o cidadão.

 

Qual é o projeto do senhor para o futuro? A minha paixão é estar contribuindo com o bem-estar da nossa cidade, porque a gente está melhorando a qualidade de vida das pessoas, mesmo diante de tanta dificuldade. Eu sou um instrumento de pacificação de equipe e de integração de todas as áreas de governo e, principalmente, de articulação.


Danielle de Jesus * ~~ * Estagiária sob a supervisão de Guilherme Marinho – Correio Braziliense



Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem