Os artesãos de
Brasília amanheceram mais fortalecidos na sexta-feira (30). Foi publicada
no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) a Lei nº 6.924, de 29 de
julho de 2021, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha. O documento institui
as diretrizes para a política distrital de fomento ao artesanato.
“Não houve um dia (na gestão) em que a palavra artesanato deixou de ser trabalhada, seja pela qualificação ou pela busca de novos espaços e formas para o artesão comercializar seus produtos” (Vanessa Mendonça, secretária de Turismo)
No Distrito Federal,
esse papel é desempenhado pela Secretaria de Turismo do DF (Setur). Com a nova
lei, o artesanato passa a ter um programa local específico para desenvolver, qualificar
e promover a atividade como instrumento de trabalho e empreendedorismo.
A secretária de
Turismo, Vanessa Mendonça, declarou que a medida é resultado do trabalho
integrado e diuturno de um governo que olha para todas as necessidades da
população.
“Não houve um dia em
que a palavra artesanato deixou de ser trabalhada, seja pela qualificação ou
pela busca de novos espaços e formas para o artesão comercializar seus
produtos. O artesanato de Brasília representa o Brasil por meio de muitas
técnicas. Assim, nos fortalece como destino turístico. Por isso, a minha voz é
a voz do artesanato”, afirmou a dirigente.
Qualificação: “A
lei de fomento ao artesanato é uma vitória e resultado de uma luta antiga
nossa, pois a capacitação é muito importante para que nós artesãos tenhamos
segurança para criar novos produtos com qualidade e encontrar a nossa
identidade. Além disso, ensina o artesão a andar com os próprios pés,
empreender e colocar preços nos produtos”, disse a artesã Maria de Fátima
Rodrigues Lima.
Maria de Fátima borda
lendas brasileiras em livros. Para ela, os cursos de qualificação que realizou
ao longo da vida profissional foram essenciais para ela se posicionar de forma
estratégica no mercado e encontrar uma atividade que representa a sua
identidade, a sua alma. Assim, ela acredita que a Setur vai fortalecer o
segmento por meio da sua qualificação.
11 mil: artesãos estão hoje cadastrados na
Setur, com atuação e planejamento definidos
A lei agora sancionada
dá maior base para estruturar uma política distrital de fomento ao artesanato.
Com ela, o setor será valorizado por meio do incremento de ações para
qualificar, desenvolver e promover a atividade como instrumento de trabalho e
empreendedorismo.
Muitas das diretrizes
da política distrital de fomento ao artesanato já são desenvolvidas pela Setur,
como a realização de feiras e exposições para a venda de produtos artesanais, integração
de iniciativas relacionadas ao artesanato e à troca de experiências e
aprimoramento de gestão de processos e produtos artesanais, realização de
oficinas e ações educativas para aprimorar o trabalho artesanal, mapeamento do
setor artesanal, por meio de estudos técnicos e do cadastro do artesão em
sistema próprio, entre outras.
Promoção do artesanato: O artesanato é um dos
principais segmentos da produção associada ao turismo no DF. Atualmente,
existem mais de 11 mil profissionais cadastrados na Setur, com atuação e
planejamento definidos. O projeto Loja do Artesanato é coordenado pela Setur em
parceria com o Pátio Brasil Shopping, no Plano Piloto, e com o Alameda
Shopping, em Taguatinga.
A seleção é feita por edital. Para concorrer ao
processo seletivo, os artesãos precisam ter a carteira nacional do artesão. O
documento é emitido pela Setur e possibilita ao profissional participar de
todas as feiras das quais a instituição participa, no Distrito Federal ou em
outras cidades.
“Desde o início da nossa gestão, trabalhamos
diuturnamente para assegurar locais para a venda desses produtos, é uma meta
prioritária. Conseguimos as Lojas do Artesanato localizadas nos shoppings Pátio
Brasil e Alameda e em todas as ações e eventos apoiados pela Setur, a condição
é a garantia de dar um espaço o artesão expor e vender o seu trabalho”,
declarou a secretária Vanessa Mendonça.
As ações da Setur visam oferecer recursos para
incluir os artesãos da cidade na cadeia produtiva, oferecendo os mecanismos
necessários para a geração de renda e autonomia financeira pela atividade.