“Desde sua abertura, o MAB enche nossos olhos de arte. É um orgulho imenso”, diz o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.
Batizada de Obras-primas
do MAB, a mostra traça um panorama de arte moderna e contemporânea
brasileira por meio desse recorte da coleção do museu. A curadoria é de Marcelo
Gonczarowska Jorge, gerente do espaço, que gesta essa exposição antes mesmo de
o museu ser aberto ao público, em maio deste ano.
“Essa exposição foi montada dentro
da nossa política de valorização das obras do museu e de aproximação entre arte
e público. O MAB possui uma das mais importantes coleções de arte brasileira do
país. Por isso, é fundamental que os brasilienses e os visitantes conheçam,
reconheçam e se orgulhem do patrimônio reunido pela cidade ao longo de seis
décadas.”
Em primeiro plano, o Grupo Pólipo, de Ernesto Neto, com
módulos em tecido sintético, isopor e chumbo de dimensões variáveis. Na parede,
da esquerda para a direita: Arthur Luiz Piza, Leonilson e Frans Krajcberg
Foram retiradas das reservas
técnicas algumas obras singulares dos mais importantes artistas brasileiros do
século XX. Entre elas, uma das raras esculturas de Athos Bulcão, técnica mista
produzida pelo artista. O exemplar do MAB é único, pois foi produzido em 1989
para a exposição Armadilhas Indígenas, a pedido do curador Bené
Fonteles.
“O MAB também possui uma grande
coleção de fotografia brasileira, raramente exposta, mesmo antes do fechamento
do museu, em 2007. De modo a sanar essa injustiça, são apresentadas na
exposição obras de Mario Cravo Neto e Claudia Andujar, ambos considerados alguns
dos fotógrafos brasileiros mais importantes do século 20” (Marcelo
Gonczarowska Jorge, curador de mostra)
Outra peça rara da coleção é
a Paisagem (s.d.), de Alfredo Volpi, do período anterior à sua
fase de “bandeirinhas”. Outro exemplar da qualidade daquele presente no acervo
do MAB só é encontrado na coleção do Museu de Arte Contemporânea da USP, em São
Paulo.
“O MAB também possui uma grande
coleção de fotografia brasileira, raramente exposta, mesmo antes do fechamento
do museu, em 2007. De modo a sanar essa injustiça, são apresentadas na
exposição obras de Mario Cravo Neto e Claudia Andujar, considerados dois dos
fotógrafos brasileiros dos mais importantes do século 20”, aponta o curador,
Algumas obras foram restauradas
nesse intervalo, e estão à mostra pela primeira vez desde então. Um dos
destaques é Signos II (1971), de Iberê Camargo, restaurado por
Marcos Faria, servidor da Secec. A peça, além de ser um dos mais belos
exemplares da obra do artista em coleções públicas, é uma das pinturas mais valiosas
do MAB.
A exposição também reconhece a
importância e a contribuição da arte popular. Além de um grande exemplar de
escultura cerâmica de Antônio Poteiro, conta com uma preciosa obra de Conceição
dos Bugres. De origem indígena, a artista mudou-se ainda criança com a família
para Mato Grosso do Sul, fugindo das perseguições contra os povos originários
que ocorriam no Rio Grande do Sul, onde nasceu. Seu trabalho caracteriza-se
pela identificação de formas humanas em tocos de madeira, as quais ressalta por
meio da talha recoberta com cera tingida.
“A artista é considerada tão
importante na história da arte popular do Brasil que o MASP dedica a ela, neste
momento, uma mostra individual”, observa Marcelo.
As peças da mostra Obras-primas
do MAB — que ocupa o hall da recepção e a galeria do 1º pavimento –
ganharam etiquetas com textos explicativos sobre a importância e o contexto. A
tradução desses textos pode ser acessada por meio de um QR Code disponível na
galeria.
“A equipe de mediadores do museu
está preparada para receber todo tipo de público e apresentar a mostra e a
instituição de modo dinâmico e interessante, inclusive para as crianças”, avisa
Marcelo.
O MAB segue também com a mostra
fotográfica de Orlando Brito, as gravuras de Tarsila do Amaral e as esculturas
do jardim.
Confira o detalhamento das obras: Textos da exposição de Obras Primas do MAB.pdf - (cultura.df.gov.br)
Museu de Arte de Brasília: – SHTN, trecho 01, projeto Orla polo 03, Lote 05 – Visitação: todos os dias, menos terças-feiras - – Horário: 9h a 21h – Telefone: 3306-1375 – e-mail: mab@cultura.df.gov.br – Visitas guiadas: o MAB oferece visitas guiadas gratuitas. Não é necessário
agendamento. Basta solicitar na recepção. – Classificação: livre