“Eu, como filho da cidade, tenho muito orgulho
desse patrimônio. É um lugar que mexe com o íntimo dos moradores locais,
trazendo boas recordações para todos” (Sergio Damasceno, administrador do Paranoá)
Considerada patrimônio
histórico e cultural do DF desde 1993, nem mesmo a imponente distinção foi
suficiente para impedir a ação de vândalos que, com depredações e pichações,
destruíram boa parte das instalações da capela, fechadas há mais de uma década.
“Eu, como filho da
cidade, tenho muito orgulho desse patrimônio. É um lugar que mexe com o íntimo
dos moradores locais, trazendo boas recordações para todos. A nossa intenção é
que as famílias possam voltar a frequentar o local”, afirma o administrador do Paranoá,
Sergio Damasceno.
O secretário de
Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, expressa a sua felicidade em
acompanhar todas as ações do GDF na proteção do Patrimônio Histórico e Cultural
de Brasília, abandonado há muitos anos.
“O Estado está com uma
política de patrimônio que perpassa várias pastas e caminha para o restauro e a
proteção. A igreja de São Geraldo tem um significado especial para a população
de Paranoá e do DF. A de ser um marco histórico e testemunho da fase pioneira
da construção de Brasília”, observou Bartolomeu Rodrigues.
Alegria de volta: A comunidade está ansiosa
para que a capela volte logo a abrigar as missas de domingo. Durante 34 anos
sendo a única igreja do Paranoá, a São Geraldo é parte da história dos
moradores. A dona de casa Carmelita Barbosa Brito recorda que, aos
domingos, a missa era o compromisso mais importante do dia.
“O chão era de cimento vermelho e sempre estava
enceradinho, ficava brilhando, mas tudo era bem limpo mesmo, muito bem cuidado.
Quem cuidava da igreja era a dona Rita, dona Maria e o seu João. A gente tinha
um enorme prazer e alegria de frequentar lá”, recorda dona Carmelita.
Lélia Brito, a filha de dona Carmelita, hoje com 40
anos, puxa a memória para tentar buscar os sinais inconfundíveis do passado
cheio de bênçãos. Na lembrança da assistente de pessoal, ficou o tempo de
criança em que ia para a igreja São Geraldo, de mãos dadas com a família.
“Lembro que a minha mãe levava a gente todos os domingos para a missa”.