O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha
(MDB), vetou a mudança de nome da ponte Costa e Silva para Honestino
Guimarães. O Projeto de Lei nº 1.697/21, de autoria do deputado distrital
Leandro Grass (Rede), havia sido aprovado, em dois turnos, pelos parlamentares e aguardava a apreciação do
Poder Executivo. O veto data de 27 de novembro, mas a CLDF só recebeu a
mensagem devidamente protocolada nesta terça-feira (14/12).
Em mensagem enviada à CLDF, o governador afirmou que a ponte tem importância e
representação para Brasília. "[...] o nome Costa e Silva foi
escolhido como homenagem ao antecessor de Ernesto Geisel, que a inaugura. A
construção da Ponte Costa e Silva, como originalmente é conhecida, inaugurada
em 1976, pelo então presidente Ernesto Geisel e assinada pelo arquiteto Oscar
Niemeyer, por não constar do projeto original de Brasília , foi polêmica, sendo
sua abertura responsável pela consolidação do Lago Sul para ocupação",
disse. Ibaneis destacou que o projeto "não reflete a formalidade que se
espera da norma".
O projeto: Honestino Guimarães foi um líder
estudantil morto pelo regime militar em 1973. O autor do pedido de
alteração do nome da ponte, deputado Leandro Grass (Rede), destacou que a
nomenclatura atual homenageia um símbolo do período obscuro da história do
Brasil, e lembrou haver uma lei que proíbe que bens públicos recebam o nome de
torturadores ligados à ditadura.
Grass, em nota, lamentou o veto. "A justificativa é inexistente. Fizemos tudo dentro do trâmite, com consulta em audiência pública, formulação do projeto e ainda justificativa baseada em uma lei. É triste ver um governador se apegando a um nome de um ditador, que cometeu crimes contra a humanidade. Nos resta agora é trabalhar para derrubar o veto", afirmou.
A Rede e suas prioridades, vai trabalhar ...
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