A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) vai
oferecer aos jovens do Distrito Federal mais oportunidades de capacitação, este
ano. Em entrevista ao jornalista Carlos Alexandre, a titular da pasta, Marcela
Passamani, destacou o foco no trabalho com os adolescentes, prejudicados pela
pandemia. “O Projeto Vencer, que estamos falando em primeira mão, será lançado
em fevereiro e dará cerca de duas mil vagas em cursos profissionalizantes para
jovens de 14 a 24 anos”, adiantou a secretária, ontem no programa CB.Poder — parceria
do Correio Braziliense com a TV Brasília.
Gostaria de iniciar a nossa conversa falando sobre
o Projeto Vencer. Eu acredito que neste ano, nós precisamos pensar em
oportunidade e renda. Dar essa perspectiva para a população do Distrito
Federal. Esse Projeto Vencer, que estamos falando em primeira mão, será lançado
em fevereiro e dará cerca de duas mil vagas para cursos profissionalizantes
para jovens de 14 a 24 anos e mais mil vagas abertas para a população de uma
forma geral. Nosso objetivo é atender em todo o DF, em todas as cidades. Seja
em equipamentos públicos da Secretaria de Justiça e Cidadania, no Céu das Artes
e na Praça dos Direitos ou nas unidades do Senai e do Senac. Então, isso é uma
parceria com o setor produtivo, com a sociedade civil e o GDF, para que
possamos fazer juntos.
Como serão essas vagas? Faremos um chamamento
público no DODF (Diário Oficial do Distrito Federal), em que as pessoas terão
mais de 20 a 30 possibilidades de cursos. E como fazemos isso? Um estudo de
mercado, para verificar quais são as demandas do empresariado, não só falando
da empregabilidade em termos formais, mas do empreendedorismo. Essas vagas vêm
para atender as pessoas que querem empreender e aquelas que se encaixam no
serviço formal. Por isso, temos um levantamento de estudo, tanto com os
empresários, para mostrar quais são as vagas que mais precisam de profissionais
qualificados, quanto serviços que a gente sente a necessidade. Isso tudo
conseguimos ver, seja por meio da Secretaria de Trabalho, da Ouvidoria, seja
mediante uma busca ativa ou uma conversa que fazemos quando vamos às cidades.
Foi preciso repensar toda a forma de atendimento do
Na hora por conta da pandemia? Sim. Hoje, atendemos com agendamento
prévio. As pessoas ficam, em média, três a quatro minutos, do momento em que
chegam a unidade até ser atendida. Nós estamos com um ambiente de serviço mais
humanizado. Estamos passando por um processo de reforma em todas as unidades,
entregamos Brazlândia e Plano Piloto. Depois de 20 anos de funcionamento, é a
primeira vez que passamos por uma grande reforma. E isso tudo estamos levando
para todas as unidades.
Tem duas cidades que eu queria falar em relação ao
Na Hora, que é Sobradinho, onde a unidade foi inaugurada hoje (ontem). E
Ceilândia que possui uma demanda muito grande.
Hoje (ontem), inaugura o Na Hora de Sobradinho, com
todo o parque tecnológico reformado, atualizado o mobiliário e layout, com os
aplicativos de fila, em que começa a otimizar o tempo do usuário dentro da
unidade. Iniciamos a reforma da Ceilândia, e toda vez que iniciamos uma obra,
ficamos, aproximadamente, três dias com a unidade fechada. Falamos três dias,
mas a reforma dura três meses, porém, para não deixar a cidade sem atendimento,
passamos para um local provisório e, durante estes três dias, migramos toda a
parte dos computadores. A gente pretende reabrir em abril, esta semana fechamos
Ceilândia e ficaremos três meses fechados. Nosso objetivo com o Na Hora é
trazer o melhor atendimento sempre buscando parcerias. Uma dessas formas de
buscarmos os melhores atendimentos, é em relação à Receita Federal. A Receita
não fazia atendimento presencial. Agora, conseguimos firmar essa parceria com o
Na Hora e, hoje, temos um ponto de atendimento dentro de uma unidade, em
Taguatinga. E, assim que reabrirmos em Ceilândia, passaremos a atender na
unidade.
O que a senhora tem a dizer aos pais, neste retorno
às aulas, com compra de materiais escolares, em relação ao Procon? Estamos
sempre à disposição no número 151, para orientar aos pais, para eles ficarem
atentos em relação às matrículas, material escolar, uniforme. A gente percebe
que há uma diferença muito grande de valor. Então, pedimos aos pais para que
eles pesquisem sobre preço de materiais, que possam olhar junto à escola, na
parte de contratação, toda a parte contratual em relação à matrícula e
rescisão. Toda a parte contratual precisa ficar muito clara aos pais. Qualquer
dúvida, pode entrar em contato com o Procon, para que possamos ajudar. Temos
feito muitas reuniões e entrevistas para esclarecer. Mas acreditamos que cada
caso pode ter algumas questões que não foram tratadas.
Onde ocorre o trabalho itinerante da pasta e de que
forma é feito? Hoje, eu conto com um programa na Secretaria de Justiça e
Cidadania, chamado Voluntariado em Ação. Nós temos mais de 34 mil voluntários
vinculados, sem custo para o Estado. Nós temos médicos, psicólogos, dentistas,
assistentes sociais, advogados. Eu consigo, por meio dessa parceria com a
sociedade civil, aumentar o braço do Estado e chegar lá na ponta. Como
conseguimos uma marca de 100 mil atendimentos, isso mostra que a nossa forma de
comunicar e interagir com a população está dando certo. Elas sabem que os
projetos itinerantes acontecem, o Sejus Mais Perto do Cidadão, Sua Vida Vale
Muito, que começou na hotelaria solidária para os idosos. Nós fazemos, em
média, 10 a 15 mil atendimentos por edição. Oferecemos identidade solidária,
atendimento jurídico, além de atendermos mulheres vítimas de violência.
O casamento coletivo chamou muita atenção em 2021. Ele retorna em fevereiro. Por que faz tanto sucesso esse programa? Ele faz sucesso, porque consegue chegar com informação. Hoje, temos o recorde de inscrições, muitas pessoas procuram o casamento comunitário. Quando trazemos essas pessoas que moram juntas, que estão iniciando sua vida, estamos falando de direito, não somente do indivíduo, mas de questões jurídicas. Conseguimos todos os parceiros de forma voluntária. O vestido, o cabelo, a maquiagem, o buquê tudo é voluntário. Nós começamos o casamento durante a pandemia, então, o de fevereiro seguirá todas as normas de segurança sanitária. (Entrevista completa - Vídeo ~~~~)