Com base nisso e com o objetivo de incrementar o bem-estar das espécies sob seus cuidados, o Zoológico de Brasília realizou uma reforma no recinto das quatro fêmeas de hipopótamo que vivem na instituição. Agora, ao invés de somente 300 m² para caminhar, as meninas contam com um espaço sete vezes maior, ou seja, com mais de 2.000 m².
Um estudo publicado em
2018 analisou a qualidade de vida dos hipopótamos em 34 zoológicos da América
do Norte. Com a pesquisa, descobriu-se que existem sérios problemas de
infraestrutura para que esses animais desfrutem de uma vida de qualidade. O
principal deles é a limitação de espaço terrestre para os animais caminharem,
visto que se trata de uma espécie que, ao entardecer, sai da água para explorar
e procurar alimento.
A expectativa é que, assim, Bárbara, Catarina,
Chumbinho e Iully, como são carinhosamente chamadas, melhorem suas aptidões
físicas e se comportem cada vez mais como hipopótamos selvagens
“Nosso objetivo é
sempre priorizar a qualidade de vida e o bem-estar dos animais sob nossos
cuidados. Com a reforma, utilizamos novas áreas da Galeria África para ampliar
a área seca do recinto dos hipopótamos. A ideia é que trabalhemos com menos
animais vivendo melhor, de forma a contribuir com a conservação de suas
espécies”, explica o biólogo e diretor de mamíferos do Zoológico de Brasília,
Filipe Reis.
O novo espaço foi
aprovado pelas moradoras, que o têm explorado diariamente e usufruído dos
diversos elementos naturais, como barrancos e árvores, que compõem a
ambientação do recinto em que estão. A expectativa é que, assim, Bárbara,
Catarina, Chumbinho e Iully, como são carinhosamente chamadas, melhorem suas
aptidões físicas e se comportem cada vez mais como hipopótamos selvagens.
(Estima-se que, em 10 anos, a população de hipopótamos no ambiente natural
diminua em mais de 20% )
A espécie: O hipopótamo-comum, conhecimento
cientificamente como Hippopotamus amphibius, é um mamífero semiaquático,
ou seja, frequenta tanto a terra quanto a água. Apesar de ser um dos mamíferos
mais pesados do mundo, é uma espécie bem rápida em terra, podendo chegar até
30km/h. No passado, o Hippopotamus amphibius tinha ocorrência desde o
delta do Nilo, no norte da África, até o sul deste continente. Mas, devido à
caça e à destruição do habitat, hoje existem apenas em rios e lagos da bacia do
Congo até a África do Sul.
Estima-se que, em 10 anos, a população de hipopótamos no ambiente natural diminua em mais de 20%. Por isso, trata-se de uma espécie ameaçada de extinção e que depende de esforços para não desaparecer da natureza