Dessa forma, empresas aptas vão apresentar as propostas para
concorrência com o teto orçamentário de R$ 55 milhões. “É com muita alegria que
anunciamos ao Brasil o começo das reformas do Teatro Nacional a partir da Sala
Martins Pena”, comemora o secretário.
“O Teatro Nacional esteve largado.
Mas não por este governo. Todos os dias, esse bem patrimonial foi motivo de
esforço e de preocupação de uma equipe multidisciplinar e comprometida” (Bartolomeu
Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa)
Para Bartolomeu Rodrigues, “trata-se de um dos maiores símbolos do
patrimônio nacional, obra tombada de Oscar Niemeyer, de valor artístico e
cultural inestimável. Por determinação do governador Ibaneis Rocha, vamos
mostrar a diferença de um governo de ação.”
Assim que avalizou a documentação do edital, o secretário fez questão de
ir à Sala Martins Pena, objeto de extensivo trabalho, que ocupou toda a sua
pauta de trabalho desde que assumiu a pasta da Cultura em dezembro de 2019.
“Ouvimos todo tempo que o teatro estava largado. O Teatro Nacional
esteve largado. Mas não por este governo. Todos os dias, esse bem patrimonial
foi motivo de esforço e de preocupação de uma equipe multidisciplinar e
comprometida. Trabalhamos até chegarmos ao tempo em que não poderíamos esperar
nem mais um minuto” observa.
Acompanhado da equipe técnica da Secretaria de Cultura e Economia
Criativa (Secec), Bartolomeu se emocionou ao ter a reforma da Sala Martins Pena
sair do campo do desejo para a concretude do canteiro de obras.
R$ 55 milhões ~~~~~ é o teto
orçamentário estabelecido para a primeira etapa da reforma
“É um sonho que estava frustrado em gestões anteriores e, nesta,
conseguimos realizar. É histórico anunciar que as obras vão começar, e esse
teatro vai voltar a fazer girar a economia criativa. Cada espetáculo que chega
neste palco contrata equipes técnicas diversas, traz o pipoqueiro para a porta
e ainda enche as mesas dos restaurantes após o fechar das cortinas”, celebra o
secretário executivo, Carlos Alberto Jr., entusiasta da reforma.
O impacto da obra se reflete também na economia do Distrito Federal. Com
a reforma da Sala Martins Pena, estima-se a geração de 700 empregos diretos e
2.100 indiretos, movimentando também a economia do DF.
Por ser um bem tombado individualmente, o Teatro Nacional requer uma
reforma sob rígidas normas de restauro. A obra é um convênio entre a Secec e a
Novacap, que vão atuar em conjunto com funções estabelecidas no projeto básico.
Essa é a primeira etapa da reforma a partir do projeto executivo de arquitetura
elaborado pela empresa Acunha Solé Engenharia.
A proposta enviada pela empresa concorrente deve apontar soluções
técnicas para reforma das instalações prediais, sobretudo elétrica e
climatização; recuperação estrutural, restauração de pisos, revestimentos,
esquadrias e de imobiliários, incluindo revestimento acústico, além de
atualização tecnológica e de segurança das estruturas e dos mecanismos cênicos.
“Vamos devolver para a sociedade uma Sala Martins Pena moderna e em conformidade com o restauro do bem tombado” (Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa)
A complexidade arquitetônica do projeto e sua ousadia quanto aos
recursos tecnológicos pretendidos resultaram em um orçamento total de mais de
R$ 200 milhões. Nos anos seguintes, a crise econômica do país e, em especial, a
constatação de uma delicada situação financeira do DF tornaram inviável a
realização da obra como um empreendimento único, que demandaria a execução do
valor integral previsto no projeto.
A proposta enviada pela empresa concorrente deve apontar soluções técnicas para reforma das instalações prediais, sobretudo elétrica e climatização; recuperação estrutural, restauração de pisos, revestimentos, esquadrias e de imobiliários, incluindo revestimento acústico, além de atualização tecnológica e de segurança das estruturas e dos mecanismos cênicos.
A complexidade arquitetônica do projeto e sua ousadia quanto aos recursos tecnológicos pretendidos resultaram em um orçamento total de mais de R$ 200 milhões. Nos anos seguintes, a crise econômica do país e, em especial, a constatação de uma delicada situação financeira do DF tornaram inviável a realização da obra como um empreendimento único, que demandaria a execução do valor integral previsto no projeto.
No governo Ibaneis Rocha, avaliou-se que a melhor alternativa seria a adequação do projeto executivo de forma a permitir a realização da obra em etapas, gradualmente, de acordo com a disponibilidade de recursos financeiros. Tal encaminhamento permitiria que, em uma primeira etapa, fosse reaberta a Sala Martins Pena, e em etapas posteriores as Salas Alberto Nepomuceno e Villa-Lobos e o Espaço Dercy Gonçalves.
No final de 2019, a Secec captou, junto ao Fundo de Defesa dos Direitos
Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, R$ 33 milhões, que
seriam destinados à reforma da Sala Martins Pena. Foi assinado o convênio com a
Novacap para elaboração do processo licitatório de obras.
Formou-se um Grupo de Trabalho, com um mutirão de técnicos e engenheiros
e a presença dos gestores da Cultura e da Novacap. No entanto, a falta de
documentos e as inconsistências técnicas no projeto originário desenharam um
verdadeiro périplo para entregar o projeto básico para a Caixa liberar o
recurso.
Foram mais de 400 plantas refeitas, e a equipe atendeu a mais de 2 mil
pedidos de ajustes. Com o tempo exíguo e a urgência da reforma, o GDF resolveu
desistir, em dezembro do ano passado, do Fundo por meio de distrato e aportar
diretamente o recurso para o restauro.
A Sala Martins Pena: Inaugurada
oficialmente em 1966, a Sala Martins Pena possui capacidade de 407 lugares,
palco de 235 m², com 12 m de abertura e 15 de profundidade, um elevador e 15
camarins. No foyer, conta com painel de azulejos de Athos Bulcão e é bastante
utilizada para exposições. Possui um busto de Ludwig Van Beethoven, doado pela
Embaixada da Alemanha. Destina-se a saraus, performances, lançamentos de
livros, coquetéis e exposições, com área de 412 m².