Morango,
goiaba, uva, abacate, maracujá… Estas são apenas algumas das centenas de frutas
produzidas no Distrito Federal. Cultivo que tem se expandido e comprova que o
Cerrado dá frutos, sim, e dos mais diversos. Anualmente, são cerca de 31,8 mil
toneladas de frutas plantadas em uma área de 1,2 mil hectares e colhidas por
600 produtores locais.
No DF, o
carro-chefe é a goiaba, com produção superior a oito mil toneladas. Essa
produção está concentrada em Brazlândia, de onde saem 98% das frutas. O
morango, que também tem sua força de colheita em Brazlândia, tem uma safra de
4,7 mil toneladas.
Boa parte
da comercialização da produção local é, inclusive, maior do que a de outros
estados. Na Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF), por
exemplo, a goiaba, com 78%; o morango, com 75%; e o abacate, com 62%; são
frutas que o DF detém maior fatia de vendas em relação ao que vem de fora. Vale
destacar que, na classificação agronômica, o morango é considerado uma
hortaliça, porém, por ser popularmente conhecido como fruta, recebe essa classificação.
O Banco de Brasília (BRB) tem colaborado com a oferta de linhas de
crédito específicas e que atingiram R$ 1 bilhão nos últimos três anos
“A fruticultura no DF é uma vitória de todos os
produtores. Temos essa grande produção de goiaba, morango e, mais recente, de
uva. É uma cidade que consome toda a sua produção. O GDF tem ajudado com
assistência técnica, com mudas, com aquisição desses produtos pelo Cesta Verde
e outros programas”, afirma o secretário de Agricultura, Cândido Teles.
“A fruticultura no DF é uma vitória de todos os produtores. O GDF tem ajudado com assistência técnica, com mudas, com aquisição destes produtos pelo Cesta Verde e outros programas”, diz o secretário de Agricultura, Cândido Teles
As áreas de produção do DF são pequenas, o que
torna difícil a competição em volume de produção com grandes centros de
cultivo, como São Paulo, Bahia e Pernambuco. Mesmo assim, os agricultores da
capital investem em tecnologia para retirar a máxima produtividade por área e
para entregar produtos de melhor qualidade no mercado. Do total da área de
cultivo de frutas, 82% são de produção irrigada e a média de produtividade no
DF, de frutas como maracujá, uva, goiaba e morango, é maior que a média do
Brasil.
“Apesar de o DF ser um território pequeno, temos aqui mais de 100 espécies diferentes. Boa parte da população não conhece a riqueza que é produzida aqui no nosso mínimo espaço. Há bastante tempo se produz soja, milho e diversos tipos de frutas, como banana, maracujá, cítricas – limão e tangerina – e inúmeras espécies de hortaliças”, reforça o secretário executivo da Secretaria de Agricultura, Luciano Mendes.
Amor pela terra levou ao plantio de uva: Um exemplo dessa riqueza produzida no DF e citada por Luciano Mendes está na Fazenda Califórnia, localizada na Fercal. O local tem se destacado na produção de uvas. Proprietário da fazenda, José Alberto Bardawil conta que a paixão pelo plantio e cultivo da uva nasceu no âmbito familiar.
A ascendência libanesa e a proximidade com a Itália
e com italianos incentivaram José Alberto a aprofundar no tema e descobrir que
o DF tem um bom solo para o plantio de uva. E, mais do que isso, tem rendido –
literalmente – bons frutos.
“A atuação do BRB em relação ao crédito rural reforça nosso papel de
agente de desenvolvimento econômico do DF e região”, comenta o presidente do
Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa
Bardawil conta que utilizou recursos próprios para
abrir o próprio negócio, mas que o apoio da Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do DF (Emater-DF) nos últimos dois anos tem sido importante para
o desenvolvimento da safra. “A Emater-DF vem se desenvolvendo e aprendendo
neste campo junto conosco, pois este mercado é novo para todos nós”, reforça.
Apoio
aos produtores: Seja com
treinamentos ou com cartas de crédito, o GDF tem apoiado a produção rural no
DF. O Banco de Brasília (BRB) tem colaborado com a oferta de linhas de
crédito específicas e que atingiram R$ 1 bilhão nos últimos três anos. Valores
que foram ofertados em diversas frentes, como custeio agrícola, antecipação de
insumos, financiamento de custeio de produção, compra de equipamentos, entre
outros.
“A atuação do BRB em relação ao crédito rural
reforça nosso papel de agente de desenvolvimento econômico do DF e região”,
afirma o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. “Ofertando condições
exclusivas para produtores de todos os portes, temos atendido esse público com
a excelência e o carinho que uma das cadeias produtivas mais importantes do
país merece. Nossa intenção é garantir que o BRB assuma cada vez mais esse
protagonismo, nos consolidando como referência, também, nesse setor”, acrescenta.
Pela
Emater-DF, o incentivo ocorre com cursos e oficinas, além de amparar os
produtores nas feiras rurais espalhadas pelo DF. “É uma cadeia extremamente
importante para o DF”, afirma a explica a diretora executiva da empresa,
Loiselene Trindade.
“A
fruticultura não demanda áreas grandes de produção, como os exemplos da uva e
da pitaya, e também temos condições climáticas favoráveis. A Emater-DF trabalha
nessa cadeia desde a produção até a comercialização. Atuamos indicando as
melhores espécies e qualidade da produção e colheita, além das boas práticas
agrícolas”, ela conta.