De acordo com o levantamento, foram criados 68 mil novos postos de
trabalho, superando a marca dos 51 mil que entraram na busca por empregos no
mercado
Em um
trimestre historicamente negativo, a taxa de desemprego surpreende em
fevereiro, mantendo-se estável em relação a janeiro e reduzindo no comparativo
com fevereiro de 2021. Com isso, já se completaram 11 meses de contínua redução
desse indicador em relação a igual mês anterior, sendo o decréscimo
identificado em fevereiro de 1,6 pontos percentuais.
A informação consta da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), realizada em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta terça-feira (29), em~~~ Clique transmissão pelo canal da companhia no YouTube. O levantamento é mensal e refere-se ao mês de fevereiro de 2022.
De acordo
com o levantamento, foram criados 68 mil novos postos de trabalho, superando a
marca dos 51 mil que entraram na busca por empregos no mercado. Os setores que
mais contrataram foram os da administração pública, serviços e comércio,
gerando redução no desemprego na capital federal.
Mês
marcado por feriados e encerramento de férias escolares e acadêmicas – o que
impactam diretamente os setores de transporte, comércio e o trabalho de
ambulantes –, fevereiro apresentou leve reaquecimento de mercado e aumentos nas
taxas de ocupação no DF.
“No
trimestre encerrado em fevereiro, o mercado de trabalho do DF apontou
estabilidade da taxa de desemprego na relação com o mês anterior e importante
redução no confronto com fevereiro de 2021. Este é um período em que,
tradicionalmente, o desemprego cresce, portanto, não é algo banal”, afirma a
economista Lucia Garcia, técnica do Dieese.
“Além
disso, a contínua redução da taxa de desemprego por 11 meses consecutivos fez a
escassez ocupacional recuar a patamares do segundo semestre de 2016. Em
conjunto com a elevação do rendimento médio, após muito tempo de declínio, esse
quadro nos faz conjecturar que o espaço de trabalho do DF está se estabilizando
em um patamar promissor nesta fase pós-pandemia”, acrescenta.
Porém, mesmo
com este aumento no número de empregados, a renda média do trabalhador
brasiliense diminuiu, com maiores números no setor público (12,8%),
assalariados (10,8%) e setor privado com carteira assinada (5,1%), resultando
em um efeito cascata, ou seja, reduzindo o número de ocupados na área doméstica
com o rearranjo nos gastos familiares.
Além de
reduções na construção civil, que perdeu 3 mil trabalhadores em fevereiro,
influenciado pelo período de chuvas, houve também queda na indústria de
transformação, que possui o menor contingente de ocupados no DF e mesmo assim
passou de 49 mil para 45 mil empregados.
Confira
na íntegra o~~~~ Boletim PED-DF e
o Boletim PED-PMB.