A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara
Noronha Rocha, destacou, nesta quinta-feira (17), as ações da área social para
as mulheres do Distrito Federal. Em entrevista ao jornal SBT Brasília, a
gestora ressaltou a prioridade de atendimento para as mulheres em situação de
vulnerabilidade social e chefes de família nos Centros de Referência de
Assistência Social (Cras).
Durante a entrevista, a secretária Mayara Noronha
Rocha reforçou a importância da mulher dentro da política de Assistência
Social: “Na Sedes, quase 70% dos servidores são mulheres”
Com o agendamento online e pelo 156, é possível
garantir que essas mulheres estejam na fila, diz a secretária. “Garantimos
prioridade a chefes de família, idosas, que têm filhos com deficiência e isso
não ocorria no passado”, destacou.
O número de atendimentos socioassistenciais em
toda a rede de proteção social do DF dobrou em um ano. Em 2020, foram 229.797
atendimentos. Em 2021, foram 456.962
De acordo com dados da Secretaria de
Desenvolvimento Social (Sedes), o número de atendimentos socioassistenciais em
toda a rede de proteção social dobrou em um ano. Em 2020, foram 229.797
atendimentos. Em 2021, foram 456.962. Só nos 29 Cras, foram 284.090 atendimentos
realizados no ano passado
As mães chefes de família, segundo Mayara Noronha
Rocha, também têm prioridade na concessão de benefícios sociais, como o Cartão
Prato Cheio. O crédito mensal de R$ 250, por seis meses, é concedido,
prioritariamente, às famílias monoparentais chefiadas por mulheres com crianças
de até 6 anos, com pessoas com deficiência ou idosas; pessoas com renda
familiar igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa da família, que se
encontrem em situação de insegurança alimentar e sejam moradoras do DF,
inscritas no Cadastro Único ou no Sistema Integrado de Desenvolvimento da
Sedes; e pessoas em situação de rua, acompanhadas por equipes da assistência
social e em processo de saída de rua.
“Cerca de 90% de beneficiários do Prato Cheio,
hoje, são mulheres. O diferencial desse programa é o poder de escolha. É ela
ter a dignidade de ir ao mercado e escolher o que o filho deseja comer, os
produtos que ele gosta, uma carne moída, um frango. Para uma mãe, ter esse
poder de escolha é muito impactante”, explicou a secretária ao SBT Brasília.
A rede de proteção social do GDF atende
majoritariamente a população feminina. São 323.186 mulheres inscritas no
Cadastro Único no DF, de um total de 546.929 pessoas, segundo dados de
fevereiro de 2022
Balanço: Ainda durante a entrevista, a secretária reforçou
a importância da mulher dentro da política de Assistência Social. “Aqui no DF,
na Sedes, quase 70% dos servidores são mulheres. Temos uma média de 90% de
mulheres recebendo programas sociais. São mães solos, chefes de família que têm
que se dividir e assumir a responsabilidade pela rede familiar”.
A responsável pela pasta do Desenvolvimento Social
destacou ainda a importância do programa Criança Feliz Brasiliense para as
gestantes e o crescimento das crianças na primeira infância. O programa
viabiliza o acompanhamento das famílias que têm filhos de até seis anos de
idade, por meio de visitadores, garantindo a elas acesso a políticas públicas
de educação e saúde, por exemplo.
“Hoje, temos 3.200 famílias impactadas pelo
Criança Feliz Brasiliense. A mulher, por meio desse programa, consegue ter toda
a capacidade para criar com dignidade os filhos, ensinar o mínimo para
desenvolver a potencialidade dessas crianças e orientar suas famílias. Algumas estão
passando por situação de violência, por exemplo, e o visitador consegue passar
para essa mulher os caminhos que ela pode seguir. É um programa que vem
impactando, consideravelmente, as mulheres que vivem em situação de
vulnerabilidade”.
Rede de proteção: A rede de proteção social do GDF atende
majoritariamente a população feminina. São 323.186 mulheres inscritas no
Cadastro Único no Distrito Federal, de um total de 546.929 pessoas, segundo
dados de fevereiro de 2022. Dessas, 170.362 são mulheres inscritas como
responsável familiar, número bem superior ao de homens chefes de família, que
hoje são 38.080. O Cadastro Único que, no DF, é gerido pela Sedes é a porta de
entrada para as famílias terem acesso a benefícios sociais federais e
distritais, como o Auxílio Brasil e o DF Social.
Entre as famílias beneficiárias do programa
Auxílio Brasil, do governo federal, no DF, 87% tem mulheres como responsável
familiar, o equivalente a 102.738 famílias. Para se ter uma ideia, são apenas
15.351 chefiadas por um homem. No DF Social, das mais de 50 mil famílias
beneficiárias que recebem um auxílio adicional de R$ 150 por mês, 31.379 são
chefiadas por elas. No Cartão Gás, dentre as 70 mil famílias beneficiárias que
recebem recurso para comprar gás de cozinha, 52.917 tem uma mulher como chefe
de família.
“Temos demonstrado o papel da mulher nesse
cenário. Uma característica predominante da mulher é a sensibilidade. Eu sou
esposa do governador, mas eu também sou mãe, sou uma mulher que sai de casa
todos os dias para enfrentar os meus obstáculos, eu também tenho meus traumas,
as minhas dores, que, muitas vezes, ficam para trás em benefício da minha
família, da população. Quando eu me coloco a serviço da população em
vulnerabilidade social, eu estou colocando para o meu filho qual é o papel que
a mãe dele exerce, que contribuição podemos deixar para a sociedade”, concluiu
Mayara Noronha Rocha na entrevista ao SBT Brasília.