Equipe do GDF trabalha em pesquisa para combater a dengue. Na
quarta-feira (27), agentes da Vigilância Epidemiológica visitaram 750
residências no Guará em busca de focos do mosquito transmissor da doença; ação
prossegue até o fim desta semana
No terceiro dia da Semana Nacional de Combate à Dengue, uma equipe da
Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES) se dedicou à elaboração
do Levantamento de Índice Rápido (Lira) do Aedes aegypti,
mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya, na Quadra 38 do Guará II. O
Lira é uma pesquisa por amostragem, elaborada quatro vezes por ano, para
identificar o raio de infestação do mosquito. (Equipes em ação: cada canto
da casa onde possa haver foco do mosquito é inspecionado)
Uma equipe composta por 50 pessoas visitou cerca de 750 imóveis. As
atividades foram distribuídas em 15 moradias para cada agente. “A cada mil
imóveis, fazemos a amostragem em 400”, explicou a chefe do Núcleo de Vigilância
Epidemiológica do Guará, Hérica Cristina Bassani. O resultado do trabalho será
divulgado em breve.
Em nenhuma das residências visitadas no terceiro dia da ação foram
encontradas larvas do mosquito. Vasos de plantas, tampas de bueiros, pratinhos
de pets, garrafas, latas, nada passava despercebido aos agentes
epidemiológicos. “Essas amostras servirão para que se conheça o índice de
infestação do mosquito Aedes aegypti na
localidade”, explicou a gestora. “Como o método é amostral, o agente entra em
uma casa e pula quatro. Feito isso, é possível saber como está a infestação em
determinada localidade”.
A proliferação do mosquito da dengue é rápida. A larva cresce e torna-se
adulta em uma semana. Depois de feito o levantamento, as localidades de alta
infestação são pesquisadas para saber se há na região ferro-velho, casa
abandonada ou outro tipo de ambiente propício ao desenvolvimento das larvas do
inseto. Se existir um foco no local, este é visitado novamente, para que seja
eliminado.
Pulverização com inseticida contra o mosquito também fez parte das ações
na QE 28 do Guará
A dona de casa Valdirene Pereira Martins foi uma das pessoas que tiveram
a residência visitada. Segundo ela, a vistoria dos agentes da Vigilância era
esperada desde a pandemia. “Quando eu os vi chegar, achei muito bom”, disse. A
moradora informou que costuma tomar todos os cuidados para evitar que em sua
casa haja focos do mosquito. “Aqui nessa região as pessoas têm sido
descuidadas”, avaliou. Ela defende que o Lira seja feito a cada dois meses.
Fumacê: Depois da elaboração do Lira, foi a vez de
pulverizar o fumacê – sistema pulverizador que lança fumaça com inseticida para
combater o mosquito da dengue – na QE 28 II. O coordenador do Controle Químico
Biológico da SES, Reginaldo Braga, disse que as regiões com maior incidência da
dengue hoje no DF são Sobradinho II, Samambaia e Santa Maria. Ele é responsável
pela equipe que aplica o fumacê, composta por 35 carros. (vídeo ~~~~)
O trabalho realizado em regiões onde são detectados casos de dengue
ocorre sempre no início da manhã e no final da tarde, horários em que o
mosquito transmissor da doença entra em atividade.
Agência Brasília – Fotos: Tony Oliveira – Governo do Distrito
Federal
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