A Universidade de Brasília completou 60 anos no dia
21 de abril de 2022. É uma instituição brasileira de ensino superior que merece
realce, não apenas pela beleza de seu Câmpus Darcy Ribeiro, mas,
principalmente, pela construção do seu elevado padrão de ensino e pesquisa
comprometido com a nobre causa da educação universitária e humanista.
Vale ressaltar alguns nomes cuja experiência foi
alicerce que deu fundamento ao projeto universitário da nova capital do Brasil,
em etapas decisivas de sua história. Os dois primeiros reitores foram: 1)
Professor Darcy Ribeiro, eminente intelectual que havia trabalhado na
formulação do referido projeto. Publicou relevante obra intitulada Universidade
necessária. Desenvolveu, assim, a teoria de que o modelo de uma instituição
universitária há de ser concebido com o objetivo de trabalhar sempre pela
evolução construtiva da sociedade, a partir de contextos educacionais que
valorizem as ciências humanas, pesquisa científica e interação abrangente com a
comunidade. É visto como pilar das transformações evolutivas e igualitárias; 2)
Professor Anisio Teixeira, célebre pensador na área da educação, que contribuiu
com o Darcy Ribeiro na formulação do projeto da UnB. Foi afastado do cargo pelo
regime militar; 3) Após essa longa crise, assumiu a reitoria o brilhante
professor Cristovam Buarque, peça-chave para a superação do clima ditatorial
invasor da UnB e reanimação da comunidade universitária.
Ao longo de seu funcionamento, a UnB realizou
avanços que comprovam o compromisso com o modelo de uma universidade
necessária. São projetos baseados no referido modelo, em defesa da igualdade de
direitos. Foi assim implantada a criação de cotas raciais para o ingresso de
estudantes na graduação e também na pós-graduação, incluindo negros, indígenas
e quilombolas. O sucesso de tão justa providência precisa ser divulgado e
comemorado a fim de que a sociedade seja estimulada a lutar pela educação
gualitária no Brasil desde a primeira infância até o nível universitário.
Outra medida é a implantação de câmpus
universitário da UnB em cidades satélites, entre as quais Planaltina, Gama e
Ceilândia. Trata-se de louvável providência que assegura às novas gerações
amplo acesso à educação de nível superior, com alta qualidade.
A primeira mulher a exercer o cargo de reitora da UnB é a professora Márcia Abrahão, da área de geologia. Foi reeleita, em 2019, para o segundo mandato que exerce. Enfrentou a crise cruel e duradoura da pandemia da covid-19, com mudanças no cotidiano da universidade que desativaram práticas tradicionais de ensino e pesquisa. Tudo passou a ser remoto, não presencial.
Finalmente, é a alma de Juscelino Kubitschek que dá vida a Brasília como capital da esperança, reconhecida como Patrimônio da Humanidade. Deveria, pois, ser criado o Prêmio JK, a ser conferido a instituições que endossam sua maravilhosa reflexão: “Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará no cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e confiança sem limites no seu grande destino”.
Grande Universidade onde tive o orgulho e satisfação de ser seu aluno, justamente no IG, contemporânea da Magnífica Reitora. Parabéns à nossa Universidade
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