“Rezando para dar certo a nova gestão.” Assim, a
brasileira Fabiana Ecclestone, vice-presidente da Federação Internacional de
Automobilismo (FIA) e esposa do ex-chefão da Fórmula 1, o britânico Bernie
Ecclestone, publicou foto nas redes sociais, de dentro do circuito, para
cumprimentar o Banco de Brasília (BRB) por assumir a gestão do Autódromo
Internacional Nelson Piquet pelos próximos 30 anos. A presença do influente
casal Ecclestone, ontem, na capital, em companhia dos presidentes da
Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Giovanni Guerra; da FADF,
Renato Constantino, da Comissão Nacional de Circuitos, Luis Ernesto Morales,
membro do mesmo órgão na FIA; do promotor da F-1 Brasil, Alan Adler, e do
tricampeão mundial Nelson Piquet, não foi meramente protocolar.
O Correio apurou que a CBA está fortemente dedicada
em trazer grandes eventos de automobilismo para o Brasil. Inclusive pleiteia um
segundo GP do Brasil de Fórmula 1, que seria uma espécie de GP South America.
Nos bastidores, o novo momento do Autódromo Nelson Piquet é visto com potencial
para ser indicado. O modelo de negócio é considerado moderno. O banco investirá
R$ 60 milhões na reforma e assumiu os naming rights do autódromo nos moldes da
parceria assinada com a Arena BSB pelo Mané Garrincha. A Terracap e o DER-DF
serão parceiros nas obras. O autódromo está fechado desde 2014.
Formada em direito e especializada em comércio
exterior, Fabiana Ecclestone é vice-presidente da Federação Internacional de
Automobilismo (FIA) para América do Sul. Casada com Bernie Ecclestone desde
2012, é engajada no automobilismo. Faz parte da Comissão de Mulheres no Esporte
a Motor da FIA. Uma das missões dela é peitar o machismo e auxiliar pilotos do
sexo feminino em diversas categorias pelo mundo. Empoderada, tornou-se uma das
executivas mais influentes na parceria com o presidente da entidade máxima do
automobilismo, o emiradense Mohammed bin Sulayem.
Fórmula 1 não é novidade na capital do país. O
circo passou por aqui em 3 de fevereiro de 1974, com vitória do bicampeão
mundial Emerson Fittipaldi. Agora, a meta é tornar o autódromo capaz de receber
a Stock Car. A agenda prevê etapa em Brasília no mês de novembro.
Existe a possibilidade de outras corridas antes,
desde que as obras sejam aceleradas. Antes do almoço servido aos convidados,
houve apresentação do projeto “Bem-vindo a Brasília, a nova capital da
velocidade”. Slides exibiram os planos ousados de deixar o autódromo e o
kartódromo dentro das normas Cik-FIA. No futebolês, diríamos Padrão Fifa.
Houve, ainda, demonstração de um croqui de como ficará o Autódromo/Arena
Múltiplo Uso.
Presente na cerimônia, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, espera que a reforma incentive o setor e outras modalidades do esporte. “É exatamente isso que a gente quer, que voltemos a ter dentro da nossa cidade as competições automobilísticas de motovelocidade, todas aquelas categorias que quiserem aportar aqui, vamos ter condições de fazer isso”, afirmou.