Um dos mais
importantes fotojornalistas do Brasil, Orlando Brito (1950 – 2022) ganha
homenagem nesta quarta-feira (18) pela Secretaria de Cultura e Economia
Criativa (Secec). Às 19h, 16 imagens marcantes da trajetória do fotógrafo serão
projetadas na cúpula do Museu Nacional da República. Logo em seguida, às 20h, a
Galeria Central do Espaço Cultural Renato Russo será batizada com o nome do
primeiro brasileiro a receber o World Press Photo Prize,
concedido pelo Museu Van Gogh, na Holanda, em 1979.
“Rebatizar a Galeria
da Praça Central com o nome de Orlando Brito é dimensionar a importância desse
mestre, que fez um recorte profundo da política brasileira por meio de seu
olhar e sensibilidade artística”, complementa o chefe da pasta.
Carreira
brilhante: O artista retratou presidentes e personalidades
políticas desde a ditadura militar, tendo sua obra reconhecida pelo registro
crítico da recente história do Brasil. Mineiro de Janaúba, Orlando Brito
começou de forma autodidata em 1965, como laboratorista do jornal Última Hora,
em Brasília. Dois anos depois, já era fotógrafo, emendando uma carreira em
grandes redações como O Globo e Veja. Ao longo da carreira, conquistou 11 vezes
o Prêmio Abril de Fotografia e, a partir de 1987, foi considerado hors-concours da premiação. (Vídeo ~~~)
Em junho, fotos de
Orlando Brito abriram o Museu de Arte de Brasília para a visitação depois de 14
anos de abandono do espaço. Foram exibidas 18 fotografias, realizadas entre
1966 e 2021, imagens do período da ditadura militar, das “Diretas Já” e da
pandemia da covid-19.
As fotos de Brito
normalmente ultrapassam o registro fotojornalístico e trazem um discurso
poético e artístico a ponto de terem sido incorporadas aos acervos de
instituições como o Museu de Arte de São Paulo, os museus de Arte Moderna do
Rio e de São Paulo e o Centre Georges Pompidou, de Paris.