Somente hospitais públicos possuem o soro contra picadas de animais peçonhentos
A gerente da Rede de Frio da SES, Tereza Luiza Pereira, alerta:
“Dependendo do tipo de peçonha, quanto mais rápido a pessoa receber
atendimento, melhor”
O material é produzido pelo Instituto Butantã, em São Paulo, e
distribuído pelo Ministério da Saúde. Após ser retirado da cobra, o veneno
passa por manipulação e é inoculado em cavalos mantidos pelo Butantã. Na etapa
seguinte, o sangue do animal é colhido e, logo depois, separado do plasma.
Finalmente, desse plasma é produzido o antídoto.
Soro
contra picadas: O soro
contra picadas de animais peçonhentos e está disponível apenas em hospitais
públicos. No Distrito Federal, as unidades de referência são os hospitais
Regional da Asa Norte (Hran), Materno Infantil (Hmib), do Paranoá, do Guará, de
Taguatinga (HRT), do Gama, de Santa Maria (HRSM), de Planaltina, de Sobradinho,
de Ceilândia e de Brazlândia.
A distribuição do soro no DF é feita entre os hospitais credenciados, de
acordo com a incidência dos acidentes ocorridos. “No Guará, por exemplo, não
vimos acidente com cobras; já com escorpiões, são muitos”, informa Tereza
Pereira. “No entanto, acidentes com cobras ocorrem mais em Brazlândia e
Planaltina.”
Tereza Luíza orienta que em caso de picada por algum dos animais
citados, a pessoa deve se dirigir a um dos hospitais de referência mais
próximos. “Dependendo do tipo de peçonha, quanto mais rápido a pessoa receber
atendimento melhor. Conforme a quantidade de veneno que seja inoculado, a
pessoa pode correr risco de morte”, explica.
Combate
ao perigo: No hospital, relata a gerente, é
feita uma avaliação, pois nem sempre uma picada requer administração de soro. É
nas unidades hospitalares que os acidentes são classificados como leves,
moderados ou graves.
Tereza lembra que, embora a Rede de Frio esteja abastecida, desde 2014 o
país passa por desabastecimento. “Para prepararmos o soro, precisamos do
animal”, diz. “Temos que entender que esse item [soro] é finito. É preciso ter
controle desse produto.”
“Para evitar a proliferação de animais peçonhentos em residências, as pessoas devem manter as casas limpas, não acumular inservíveis e fazer a poda regular da vegetação”, orienta o biólogo Israel Martins, da Vigilância Ambiental.