Por que você resolveu entrar na
política? Meu bisavô JK foi o homem que levou modernidade ao Brasil, após
deslocar o eixo de desenvolvimento nacional do Sudeste para o Centro-Oeste, o
que povoou uma região do País ainda inexplorada. E Brasília foi a meta-síntese
desse grande projeto. Depois dele, minha avó Márcia foi deputada constituinte e
vice-governadora do DF, mantendo a ética e a retidão moral de JK como seus
princípios de vida. Paulo Octávio, meu pai, é um exemplo de atuação política,
com um perfil agregador e conciliador como o de JK. E minha mãe é a guardiã da
história de Brasília, à frente do Memorial JK. Junte-se a todo este DNA a minha
vontade de ajudar o povo a progredir em um momento complexo da vida nacional.
Foi por tudo isso que decidi me candidatar este ano. Afinal a política é a
única forma de realizar uma transformação econômica e social eficaz em prol da
nossa cidade e do nosso país.
Vai concorrer a qual cargo? Tenho
percorrido as cidades e colocado meu nome como pré-candidato a deputado
federal. Acho que estou preparado para esse desafio.
Como você poderá ajudar o DF no
Congresso? Enxergo no Brasil e em Brasília dois grandes problemas: emprego
e educação, que só serão resolvidos com uma ação integrada. Falta qualificação
profissional e, como empresário, pude constatar isso de perto. É preciso
investir na educação básica e na profissionalizante, permitindo que o jovem
encerre seu ciclo nos bancos escolares com uma formação que o permita, depois,
escolher se vai se aperfeiçoar ou vai optar por uma carreira superior. Esse
será o foco principal de minha atuação, caso seja confirmado na convenção do
partido e posteriormente seja eleito. Junto a isso, também trabalharei as
pautas do turismo e do esporte, por enxergar nelas alternativas importantes de
trabalho e de lazer, o que permitirá melhores escolhas à juventude.
Na sua opinião, como um líder como
JK poderia ajudar o país neste momento? Ele foi um marco da verdadeira
democracia. Mesmo enfrentando a oposição de todos, dos estudantes ao clero,
passando pelos partidos contrários à sua proposta desenvolvimentista, ele soube
ouvir, negociar, conciliar e reconciliar o País. Sufocou revoltas sem disparar
um tiro, apenas negociando. Deu espaço a seus opositores, não apenas para a
discussão, mas especialmente para a fiscalização de Brasília. Não polarizou.
Uniu.
Seu bisavô, Juscelino Kubitschek,
foi perseguido pela ditadura militar. Acha que aqueles anos de chumbo podem se
repetir? As marcas da perseguição a JK estão em minha família,
especialmente em minha mãe, que era uma criança e assistiu a tudo. Não creio
que aquela época volte, mas precisamos estar atentos, especialmente ao
equilíbrio entre os três poderes, que é fundamental. A democracia precisa ser
cuidada e respeitada. Qualquer ameaça a ela e ao estado democrático de direito
deve ser repelida.
Você prefere Lula, Bolsonaro ou
outro candidato? Como o PSD não terá candidato próprio, tenho liberdade
para pensar o meu voto, estou aguardando o quadro real de postulantes à
Presidência da República.
Qual é o seu projeto para o
futuro? Primeiro, conseguir vaga na nominata para deputado federal pelo
PSD. Depois, ser eleito e exercer um mandato fiel às minhas crenças e valores,
como honestidade, probidade e trabalho pelo Brasil. Aí, futuramente, quando
estiver mais maduro, quem sabe alçar outros voos políticos, se assim entender o
eleitorado brasiliense.