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Mercado Náutico fortalecido - ( Evento Internacional "Bombarco Show" até domingo... )



Com 54.331 embarcações registradas, mercado náutico fortalecido no DF. São mais de 54 mil barcos registrados em Brasília e, somente em 2022, foram emitidas 1,9 mil habilitações. Evento reforça o crescimento acelerado do setor, que teve faturamento de R$ 840 milhões ano passado

O Lago Paranoá é ponto de encontro de muitas embarcações no Distrito Federal, principalmente nos finais de semana, quando os brasilienses aproveitam a folga para se divertir e aproveitar o lazer no "mar de Brasília", que hoje é responsável por uma frota de 54 mil barcos. O total de embarcações inscritas na Capitania Fluvial de Brasília é de 54.331 e o DF já emitiu 66.873 habilitações para condutores aquáticos. Atualmente, a capital ocupa a quarta colocação em número de embarcações inscritas no Brasil.


No último ano, mesmo com a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, o setor náutico demonstrou um crescimento de 30%, segundo o presidente da Associação Náutica, Esportiva e do Turismo de Brasília (Asbranaut), João Carlos Bertolucci. "O brasiliense já tem um poder aquisitivo muito grande e, principalmente na pandemia, o lago virou o quintal do brasiliense. Os moradores do DF vivem, em sua maioria, em apartamentos. Então você está preso em função de pandemia, não pode sair, não pode fazer nada. A alternativa foi procurar um lugar ao ar livre. E aí o brasiliense comprou seu stand up paddle, seu caiaque, jet ski, barcos de vela e remo", aponta.

Com o mercado náutico em crescimento acelerado, o canal de negócios Bombarco faz uma projeção de fechar este ano com um faturamento recorde no ramo. Para ampliar o mercado, a empresa fará, pela primeira vez, uma feira de negócios presencial com transmissão virtual simultânea. Chamado de Internacional Bombarco Show, o evento será realizado até domingo, às margens do Lago Paranoá.


Segundo os organizadores, a estimativa é atrair mais de 100 mil pessoas, tanto presencial como on-line, e gerar mais de R$ 150 milhões em receitas. Para o idealizador do evento e especialista em mercado náutico, Marcio Ishihara, as vendas estão surpreendendo desde o início da pandemia. "Deve fechar 2022 com um faturamento 10% maior que o ano passado, quando bateu recorde de R$ 840 milhões", ressalta Marcio. Ele explica que a capital federal foi escolhida como ponto de encontro por ser um mercado emergente e ainda pouco explorado. "Queremos incentivar a compra de barcos nesta região", destaca o especialista.


Para os amantes de embarcações, a feira terá cerca de 40 barcos de até 55 pés, o que corresponde a aproximadamente 16 metros, de marcas nacionais e internacionais em exposição no Lago Paranoá. Os participantes do evento poderão fazer test drives, visitas a bordo, regatas, além de assistir a um desfile de barcos, campeonato de canoagem e palestras com convidados. O ambiente também contará com gastronomia, exposições e apresentações musicais. A entrada custa R$ 55 por pessoa. Quem for de barco, o local terá serviço de embarque e desembarque disponível.

O idealizador do evento náutico comenta que o objetivo de organizar a feira fora do litoral é sair do eixo Sudeste e Sul brasileiro e se aproximar de potenciais clientes do Centro-Oeste e do Norte do país. "Queremos impulsionar o uso de barcos em águas abrigadas como lagos, rios e represas, em locais que têm clima ideal para a atividade náutica", destaca Ishihara. Brasília tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país, quase o dobro do registrado em São Paulo e três vezes maior do que o do Brasil e ocupa a 3ª posição entre as maiores economias municipais.

De acordo com o presidente da Asbranaut, João Carlos Bertolucci, esse tipo de evento demonstra o potencial que o DF tem no mundo náutico, não só para sediar eventos como este, mas também competições aquáticas a nível internacional. "Brasília tem um universo, por ter um lago referência no centro-oeste, que pode ser utilizado durante todo ano, porque não baixa. Durante 365 o lago é favorável à navegação, isso fortalece ainda mais o setor náutico", aponta.


Júlia Eleutério - Renata Nagashima – Fotos: Ed Alves/C.B- Correio Braziliense


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