O Governo do Distrito Federal
(GDF) trabalha ativamente na prevenção e no combate à violência contra a mulher
em todas as esferas da sociedade. Exemplo disto é o ~~ Clique programa Sinal Vermelho, que capacita colaboradores de
instituições voluntárias para que saibam o que fazer ao se depararem com uma
vítima de agressões. Até junho deste ano, 903 funcionários de 34
estabelecimentos participaram do curso.
As
pessoas capacitadas são prestadores de serviço ou trabalham em estabelecimentos
como hotéis, shoppings, condomínios, farmácias, supermercados, restaurantes e
lojas de vestuário. Com isso, o objetivo da Secretaria da Mulher, pasta
responsável pelo programa, é que o engajamento pelo fim da violência de gênero
seja coletiva e que os pontos comerciais estejam aptos a acolher vítimas que
pedirem ajuda.
“O nosso objetivo é que as instituições sejam capazes de absorver as vítimas que os procuram e busquem apoio com a segurança pública” (Vandercy Camargos, secretária da Mulher)
“O nosso objetivo é que as instituições sejam capazes de absorver as vítimas que os procuram e busquem apoio com a segurança pública”, analisa a gestora.
O Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho foi instituído pelo Decreto nº 41.695, de 7 de janeiro de 2021, que regulamentou a Lei nº 6.713, de 10 de novembro de 2020. Até então, apenas farmácias participavam da campanha.
A sinalização vermelha na mão é uma orientação de campanhas educativas, para que as mulheres saibam como indicar, ao entrar em algum estabelecimento, um pedido de ajuda em situação de risco à segurança. O sinal de socorro inclusive pode ser pequeno, como um ponto vermelho no dedo ou nas mãos, e os funcionários dos estabelecimentos que participam do curso são orientados a estarem atentos a sinalizações como essas.
“É muito difícil que o agressor deixe a mulher sozinha e, muitas vezes, não são sinais explícitos de socorro. Então, a gente precisa estar atento a comportamentos que indiquem violência”, acrescenta o proprietário do empreendimento, Lucas Ferreira, 32 anos.
Na capacitação, os funcionários são treinados por meio de vídeos tutoriais e cartilha elaborados pelas secretarias da Mulher e de Segurança Pública e pelas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher. Também é entregue um cartaz que indica que o estabelecimento participa da campanha.
Na capacitação, os funcionários são treinados por meio de materiais elaborados pelas secretarias da Mulher e de Segurança Pública e pelas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher. Também é entregue um cartaz que indica que o estabelecimento participa da campanha
A gente precisa estar atento a comportamentos que indiquem violência”, afirma Lucas Ferreira, proprietário de estabelecimento que participou do curso
“Na medida em que incentivamos e facilitamos as denúncias, as vítimas, ou mesmo amigos, vizinhos e parentes, se sentem motivados a procurar ajuda” (Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública do DF)
Ampliação dos canais de denúncia: A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) trata como prioridade o enfrentamento ao feminicídio e à violência de gênero. Em março de 2021, foi lançado o Mulher Mais Segura, programa que reúne medidas, iniciativas e ações de combate aos crimes contra mulheres e fortalecimento de mecanismos de proteção.
Dentro da iniciativa, há o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP), que monitora simultaneamente vítima e agressor, em tempo real, para impedir qualquer aproximação entre eles. E também a ação Viva Flor, que oferece um dispositivo, similar a um celular, para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Quando acionado, o aparelho envia a localização em tempo real para a Polícia Militar, que envia uma viatura ao local.
O enfrentamento à violência doméstica é prioridade da atual gestão. Temos uma campanha na SSP chamada Meta a Colher, com a ideia de que em briga de marido e mulher nós devemos, sim, meter a colher”, afirma o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo.
“Ampliamos, ainda, os canais de denúncia, por meio da Delegacia Eletrônica e do Maria da Penha On-Line, da Polícia Civil, que permitem até pedidos de medidas protetivas. Na medida em que incentivamos e facilitamos as denúncias, mostrando que existem ações coordenadas do governo para proteger e acolher, as vítimas, ou mesmo amigos, vizinhos e parentes, se sentem motivados a procurar ajuda”, ressalta o secretário.
Denúncias podem ser feitas para a Central de Atendimento à Mulher, no número 180, e para a Polícia Civil, no formato online (acesse aqui), pelo e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br, pelo telefone 197 – Opção 0 (zero) – ou por WhatsApp, no número (61) 98626-1197. A Polícia Militar atende a população pelo número 190.