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Calaf reabre as portas como tradicional reduto cultura e resistência

Calaf reabre as portas como tradicional reduto cultura e resistência. A decisão pela reabertura do Calaf foi motivada pelo peso da comoção que o anúncio de fechamento teve nos agentes culturais e frequentadores

Quatro meses após o encerramento, o bar e restaurante Calaf reabre as portas e traz de volta ao centro da cidade um importante espaço de cultura e resistência. A partir do dia 12 de julho, o estabelecimento reinicia as programações e estreia com o clássico samba do grupo 7 na Roda.


Em 13 de março, o bar e restaurante Calaf pôs um ponto final em uma história marcante, que durou 32 anos. O espaço, que fincou bandeira no centro de Brasília para que o samba e as festas universitárias florescessem, deixava a cultura da capital órfã. Agora, sabe-se que o ponto final, felizmente, foi apenas uma vírgula de respiro. Em 12 de julho, a casa reabre da forma que se consagrou: com o samba de terça-feira do grupo 7 na Roda, seguido de uma semana intensa de festas.


Após um encerramento longo e diverso para que os frequentadores pudessem se despedir do local, a preocupação de Priscila Calaf, sócia da casa, era de conseguir acertar as contas remanescentes. Com sorte, os débitos foram sanados: "Conseguimos pagar todas as rescisões dos funcionários, que sempre foi nosso maior objetivo". Agora, o espaço está de volta, mas Priscila promete que será como se nunca tivesse fechado: "Voltamos como um palco de resistência e força na cultura do DF. A proposta segue a mesma: sermos um espaço de cultura, arte, alegria, resistência e democracia".


A decisão de voltar foi motivada pelo peso da comoção que o anúncio teve nos agentes culturais e frequentadores: "O apoio e o carinho que recebemos de artistas, produtores, músicos, parceiros e clientes foram fundamentais nessa decisão". Além disso, a amenização da pandemia pesou para que fosse viável desenhar o retorno: "O fato de a vacinação da população estar avançada e o cenário de mortes por covid-19 ter diminuído também contribuiu para que pudéssemos vislumbrar caminhos para um retorno das atividades".


Às terças-feiras, o Calaf se tornava anfitrião do sagrado samba, que ganhava tom de reza para iniciar a semana. A volta não poderia ser de outra forma. O grupo residente retorna como prata da casa: "O 7 na Roda e o samba são fundamentais para a nossa história. O Calaf se inaugurou como casa de cultura com o samba do grupo Samba Choro, e reinaugura agora com o 7 na Roda, nossos residentes por 14 anos".


A programação completa do retorno pode ser acessada nas redes sociais oficiais do espaço. Por lá, Priscila aponta a recepção calorosa das boas novas: "A recepção do público está muito boa, na internet nossos posts têm milhares de curtidas e centenas de comentários".


Pedro Almeida*~~~*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco – Correio Braziliense


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