Ibaneis Rocha (MDB) e José Roberto Arruda (PL) firmaram, na noite desta
terça-feira (19/7), o acordo para chapa única — ambos estavam
empatados na margem de erro na intenção de votos para governador do DF em
pesquisa do Diários Associados com a Quaest. Convidada pelo CB.Poder —
parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília —,
para explicar os próximos passos da eleição, a deputada federal Flávia Arruda
(PL-DF) já argumentava no início da tarde que os lados mantinham conversas para
se unirem em apenas uma chapa, principalmente porque os dois candidatos ao
Buriti são do mesmo lado e apoiarão o nome de Jair Bolsonaro para a reeleição
ao Palácio do Planalto.
"A política não é uma ciência exata, e desde o início eu trabalho com diálogo, na construção mais ampla de todos estarmos juntos (Ibaneis e Arruda), que é bom para a cidade. Acredito que esse seja o caminho, em prol do Distrito Federal", disse a parlamentar, para a jornalista Denise Rothenburg, que conduziu a bancada do programa nesta terça-feira. (Vídeo ~~~~)
“Nunca rompemos nada, e nunca nos antecipamos em nada. Sempre mantemos o
diálogo, inclusive no dia do anúncio (da chapa de Ibaneis). Talvez pelas
circunstâncias daquele dia, daquele momento, tenham levado para um anúncio que
talvez tenha sido, não de maneira precipitada, logo que foi conversado entre
eles, mas que na política tudo tem volta. Existe uma frase onde diz que a
política é que nem nuvem muda a todo momento. Por isso acredito no diálogo”,
esclareceu a esposa do ex-governador José Roberto Arruda (PL).
Internamente, mesmo com o rompimento inicial da chapa que deixava Flávia
Arruda (PL) como candidata ao Senado pela chapa de Ibaneis Rocha (MDB), ambas
as partes deixaram em aberto conversas para retomarem as tratativas do acordo.
Acordo pode melar alianças: Com o acordo firmado entre Ibaneis e
Arruda e referendado do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a
possibilidade de diálogo para aliança entre os senadores Reguffe (União
Brasil) e Izalci Lucas (PSDB) com o ex-governador do DF tende a ser descartada,
logo que ambos os senadores continuam com interesse em se candidatar ao Buriti. A
nova composição da chapa tem Ibaneis concorrendo à reeleição, e Arruda como
candidato a deputado federal.
Para a jornalista Denise Rothenburg, Flávia Arruda pontuou que no
“grande tabuleiro” da política, o ex-governador construiu grandes amizades com
Reguffe e Izalci — foi secretário do governo Arruda —, e que os dois candidatos
são de campo igualitário ao do presidente Jair Bolsonaro (centro;
centro-direita; de direita), podendo compor uma mesma chapa através do diálogo,
deixando a eleição com cenário menos indefinido.
“Nós temos nesse cenário político personagens que são amigos, que
cresceram, construíram e fizeram política juntos. Muitos fazem parte um dos
outros, o Arruda e o próprio senador Reguffe (União Brasil), que já caminhou
junto. Nesse grande tabuleiro, temos construções e etapas da vida política. É
legítima a colocação de cada um, e vamos ver o que vai se definir mais à
frente. Enquanto isso, mantemos todos os diálogos abertos”, disse.
Caminhos descartados: Antes do acordo da chapa
desta terça-feira (19/7), Flávia Arruda sinalizava que ela e o marido teriam
vários caminhos a percorrer para as eleições, mas que descartariam se unir a
partidos de esquerda que disputarão as eleições para o Palácio do Buriti, como a
federação partidária entre PT, PV e PCdoB, encabeçada pelo deputado distrital
Leandro Grass (PV). “Eu acho que o único caminho que não existe para a gente é
a esquerda. Porque somos de um partido liberal, que o presidente da República
Jair Bolsonaro faz parte. Não em polarização, não em sectarismo, mas em campos
diferentes”, disse.