Em funcionamento há quase 50 anos,
a Escola de Música de Brasília (EMB) tem sido responsável por tornar Brasília
um dos principais pólos artístico do Brasil. A instituição, na 602 Sul, formou
incontáveis instrumentistas, cantores e maestros de destaque no cenário local,
nacional e internacional. Agora, a EMB prepara uma nova geração para representar
a escola mundo afora.
Dentre os aprendizados vividos por
Talía ao longo destes sete anos na EMB, ela destaca as conexões feitas dentro
da instituição. “O laço que foi construído com meus professores durante esses
anos estudando me motivou e ainda motiva a ser uma pessoa melhor a cada dia e
lutar pelos meus sonhos. Eles são os alicerces na minha formação musical, e,
além de valores musicais, eu aprendi muito como ser humano”, afirma. “A
existência da Escola de Música é muito importante para o Distrito Federal
devido ao rompimento de barreiras de classes e de estereótipos que ela propõe,
e por dar oportunidade para as pessoas aprenderem um instrumento”, avalia
Talía.
Também foi na EMB que Tiago
Teixeira, conhecido como Tiago Black, encontrou o caminho para estudar música
na UnB. “Lá na Escola de Música, eu tive contato com praticamente toda a teoria
musical que me deu base pra entrar na universidade”, relata o artista. Segundo
o instrumentista, a instituição foi essencial para a preparação para o mercado.
“A EMB tem excelentes profissionais. A importância da escola para o cenário
musical é inquestionável, a maioria dos músicos e musicistas que conheço passou
por lá, seja fazendo os cursos básicos, os técnicos ou os cursos de verão”,
pondera. Formado em 2017, Tiago Black trabalha nos projetos autorais das
cantoras Flor Furacão e Anna Moura e se apresentará com ambas artistas no
festival CoMA, marcado para agosto.
Para Luís Abrantes, conhecido artisticamente como L.A, a EMB foi essencial para a carreira que traça atualmente, se preparando para a gravação do primeiro disco autoral. “A EMB me ajudou a ser o compositor que sou hoje, por meio de um entendimento maior sobre teoria e prática, além de ampliar muito o meu repertório e as minhas referências musicais”, assegura. “Conversando com músicos de outros estados, percebo que a existência de uma instituição pública não é comum. Talvez, a EMB seja o espaço onde mais se formam bons músicos no DF”, aposta o cantor.
A história de Daniel Baker com a
EMB iniciou-se na infância. Hoje, ele é vice-presidente da escola. “Comecei
estudando violino quando criança e, após um período fora da cidade, voltei para
estudar violão erudito e piano popular, tendo me formado no nível técnico de
ambos, antes de sair para cursar a licenciatura”, detalha Baker. “Posso afirmar
que o nível de conhecimento passado pela EMB equivale ou eventualmente supera
até o de instituições de nível superior”, analisa o docente.