A primeira atividade será direcionada aos jovens
do sistema Socioeducativo, com atividades de diálogo, reflexão e
prevenção à violência nas relações de namoro
Neste mês de agosto a Lei Maria da Penha
(Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006), que cria mecanismos para coibir
a violência doméstica e familiar contra a mulher, completa seus 16 anos. Em
alusão à importância da Lei e em virtude da necessidade de políticas públicas
para as mulheres a Sejus inicia a campanha “Agosto Lilás, que disporá de ações
de conscientização sobre o combate à violência contra a mulher, por meio
de parceria entre as Subsecretarias de Apoio a Vítimas de Violência (Subav) e a
do Socioeducativo (Subsis).
A Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do
DF tem entre os seus objetivos contribuir para a transformação da cultura de
violência em cultura de paz, conforme preconizado pela UNESCO (decreto
n39.557 de 20 de dezembro de 2018, art. 3º, VI). Informar e nomear as
violências é uma das formas de desnaturalizá-las, contribuindo desta forma
para auxiliar às jovens a identificarem uma situações de violência
ou relação abusiva, e aos rapazes, para refletir
sobre padrões de comportamento e falas que são reproduzidos e entendidos como
ações “normais” nos relacionamentos, e a importância real da conscientização e
mudança de atitudes.
“A campanha tem o intuito de trazer luz sobre
a importância da Lei Maria da Penha, conscientizar sobre as diversas
formas de violência sofridas pelas mulheres. Informar sobre a importância
das mulheres se percebem em situações de violência e poderem buscar ajuda
o quanto mais cedo. A ideia é que compreendam que o contato com o maior número
de informações sobre violência psicológica, recentemente tipificada como crime,
menores serão as chances de terem graves prejuízos na saúde física e
mental ou serem vítimas de um feminicídio”, explica o secretário da
Sejus, Jaime Santana.
Dentre as ações da Campanha “Agosto lilás”
estão palestras dentro do Sistema Socioeducativo , que serão oferecidas
em diversas unidades socioeducativas em todo o mês de agosto. “Mediação
pedagógica sobre Violência nas relações de Namoro” será o tema abordado com
ações que dialogam com os jovens sobre a temática, oferecendo
diálogo, reflexão e prevenção à violência nas relações de
namoro. O intuito é possibilitar que os/as jovens identifiquem e reconheçam
sinais de um relacionamento abusivo e das diferentes formas de violência,
percebam o que é a violência contra as mulheres na sociedade brasileira e seus
aspectos culturais, bem como compreendam como lidar caso se encontrem nessa
situação ou conheçam alguém que esteja.
A intervenção pedagógica conta com dinâmica
com músicas atuais, demonstrando como nosso contexto cultural e midiático
retrata e reflete o quanto a sociedade brasileira caminha a passos lentos em
relação ao respeito às mulheres e como a violência contra a mulher é
naturalizada.
Para o Subsecretário do Sistema Socioeducativo
Demontiê Filho “as ações realizadas com os jovens nas unidades socioeducativas
são fundamentais para conscientizar sobre a importância do diálogo, da comunicação
não violenta e do respeito ao próximo, sendo a principal forma de prevenir
relacionamentos abusivos e romper com ciclos de violência. ”
Também serão oferecidos debates, por meio de
atividades reflexivas acerca do ciclo da violência contra as mulheres,
demonstrando que, sendo a vítima uma mulher, a violência entre jovens casais
pode ser considerada uma violência doméstica, por envolver relações com quem se
tem, ou se tenha tido um relacionamento afetivo
A reflexão a esses jovens aborda três pontos
fundamentais relativos ao tema violência no namoro: 1 – a desconstrução
dos estereótipos de gênero (crenças generalizadas sobre as
características e papéis impostos socialmente a mulheres e homens); 2 -a
necessidade da resolução de conflitos em relações interpessoais por meio do
diálogo e de uma comunicação não violenta, buscando romper com a cultura da
violência; e 3 – os conceitos de assertividade, empatia e consentimento,
que perpassam pela possibilidade de afirmar os próprios direitos, expressar pensamentos,
sentimentos e necessidades de maneira direta, clara e apropriada ao contexto,
de modo a não violar o direito das outras pessoas, bem como o direito de
decidir e concordar com determinadas relações.
Agosto Lilás:
Campanha da Sejus, que aborda a importância da Lei Maria da Penha,
inicia nesta semana.
Daniela Uejo - Ascom Sejus-DF – Foto:
Blog - Secretaria de Justiça e Cidadania do DF
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JUSTIÇA