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Entidades do DF entregam no Palácio do Planalto manifesto contra redução da Floresta Nacional

Entidades do DF entregam no Palácio do Planalto manifesto contra redução da Floresta Nacional

Entidades que integram o Conselho de Desenvolvimento Econômico do DF (Codese) entregaram hoje no Palácio Planalto documento oficial em que pedem o veto presidencial à lei 2.776/20.  O ofício aponta que a medida, aprovada pelo Congresso, “incentiva a ação de grileiros e a invasão de terras públicas, causando danos ao meio ambiente.”

Se for sancionada por Jair Bolsonaro, a lei permitirá a regularização fundiária dos assentamentos 26 de Setembro e Maranata. No local  vivem cerca de 40 mil pessoas. O projeto reduz em 40% a área da Floresta Nacional (Flona) para legalizar a ocupação.

Sinduscon e a Ademi criticam a política de gestão da Terracap, que tem como acionistas o GDF e o governo federal. Segundo eles, não oferece terrenos para a iniciativa privada realizar empreendimentos legalizados para as camadas de baixa renda, enquanto as invasões avançam.

Empresários, arquitetos e urbanistas apontam que esse caminho de ocupação está errado. Que é preciso planejar as áreas para moradia, já garantindo desde o início a infraestrutura básica. E não deixar ocupar de forma desordenada para depois legalizar.

O manifesto foi protocolado pelo Sindicato da Construção Civil do DF (Sinduscon /DF), mas é assinado também pela Ademi e pelo Codese.

“O 26 de Setembro é um exemplo emblemático de ocupação ilegal e desordenada no DF. Ali tudo foi construído à margem da lei e com um impacto ambiental irrecuperável , impondo riscos aos moradores, perda de qualidade de vida para à população em geral e prejuízos ao setor produtivo. A Ademi DF rechaça invasões como essa e tantas outras, que exigem correção com o passar do tempo e impedem o desenvolvimento econômico e social da capital federal em um ambiente de legalidade e segurança. Há impactos, entretanto, que não serão recuperados e isso é muito ruim para o futuro do DF”, destaca nota oficial assinada pelo presidente da Ademi, Eduardo Aroeira.

Período eleitoralA redução nos limites da Flona será de 3.700 hectares – a floresta tem atualmente 9.300 hectares de tamanho. O projeto teve tramitação rapidíssima, acelerada já que os assentamentos concentram milhares de eleitores. A bancada do DF se mobilizou para aprovar o projeto. O assunto conseguiu unir adversários políticos.

Nascentes: A Floresta Nacional de Brasília concentra nascentes que mantêm a Barragem do Descoberto, responsável por aproximadamente 70% do abastecimento de água do Distrito Federal.

Um acordo com a oposição resultou em um ajuste no texto. Senadores argumentaram que a redução da Flona em umas das áreas era excessiva. Pois a parte que seria excluída era  bem superior à ocupação de pessoas na região. Então, houve uma alteração ao texto, prevendo que a compensação ambiental seria dada. Mas não foi definido o tamanho da área a ser compensada e nem exatamente como será.


Samanta Sallum  - Coluna Capital S/A – Correio Braziliense


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