No STF, ministro torna o ex-senador Magno Malta réu em processo por calúnia. (No vídeo, o ex-procurador e candidato a deputado federal diz que o Supremo tornou-se "uma mãe para os corruptos do nosso país".
Condenado pelo Tribunal de Contas da União por supostos pagamentos
irregulares de diárias durante a Operação Lava-Jato, o ex-procurador e
candidato a deputado federal Deltan Dellagnol (Podemos-PR) partiu para o
enfrentamento com outra instituição da República: o Supremo Tribunal Federal.
Em vídeo de campanha, Dallagnol afirma que o STF se tornou uma "casa da mãe Joana". "Pessoal, essa casa até pouco tempo era conhecida como a Suprema Corte do país, e é uma casa essencial para a democracia. Mas infelizmente ela se tornou a casa da mãe Joana, uma mãe para os corruptos", afirma o ex-coordenador da força-tarefa. (Veja o vídeo:)
O ex-coordenador da Lava-Jato diz, ainda, sem citar nominalmente
Luiz Inácio Lula da Silva que houve, no STF, "uma metamorfose de um
político que passou de presidente condenado por corrupção para candidato a
presidente". Por fim, Dallagnol afirma que somente um Congresso íntegro,
com parlamentares comprometidos com o combate à corrupção, pode por fim a
melhorar a escolha para ministros do Supremo.
Dallagnol, contudo, procura modular o ataque ao Supremo. Afirma haver
"uma honrosa resistência de parte de seus integrantes" à tolerância
com a corrupção. "Por aqui passou a anulação de sentenças, a soltura de
corruptos, o fim da segunda instância e muito mais", protesta Dallagnol,
com uma imagem de fundo da mais alta Corte de Justiça do país.
O ex-coordenador da Lava-Jato diz, ainda, sem citar nominalmente
Luiz Inácio Lula da Silva que houve, no STF, "uma metamorfose de um
político que passou de presidente condenado por corrupção para candidato a
presidente". Por fim, Dallagnol afirma que somente um Congresso íntegro,
com parlamentares comprometidos com o combate à corrupção, pode por fim a
melhorar a escolha para ministros do Supremo.
Calúnia: Nesta sexta-feira (16/9), o ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para tornar o ex-senador e pastor
bolsonarista Magno Malta (PL-ES) réu por calúnia contra o também ministro do
STF Luís Roberto Barroso.
O caso foi levado ao STF pelo próprio Barroso. O ministro entrou com uma
queixa-crime depois que foi acusado de violência doméstica pelo pastor.
Para Moraes, que é relator do processo e abriu os votos, Magno Malta
teve "vontade livre e consciente de imputar falsamente" um crime a
Barroso. O ministro também argumentou que a liberdade de expressão não permite
a "destruição da democracia, das instituições e da dignidade e honra
alheias".