No 'Pânico', Guedes diz que corrupção sistêmica desabou na gestão de
Bolsonaro. De acordo com Guedes, a corrupção pode voltar a subir porque há
muitas estatais no governo.
Após
participar do Flow Podcast, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, gravou nesta quarta-feira (28/9) o Podcast do Pânico,
da Jovem Pan, onde disse que a corrupção sistêmica — aquela entranhada no setor
privado e nos poderes da República de maneira organizada — desabou na gestão do
atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL). O ministro também criticou a soltura
Para o ministro, a oposição critica as emendas de relator — parte do
Orçamento no qual congressistas podem definir o destino — por falta de
transparência. Guedes disse que essas emendas somam R$ 16 bilhões. “Se tiver
corrupção em 20%, são R$ 3 bilhões. Se tiver, então tem que olhar”, comentou.
“A corrupção sistêmica desabou. Aí você diz: 'Você está satisfeito?'. Eu digo:
'Não'. Pode voltar a qualquer momento. Está cheio de estatal por enquanto.”
O liberal completou dizendo que a corrupção no país "pode
voltar a subir" porque há muitas estatais no governo. “É a economia
intervencionista que corrompe tudo. Ela vai corrompendo tudo. O empresário sabe
que, se ele acampar em Brasília e conseguir aquela lei particular, o negócio
dele vira o maior do Brasil. E ao contrário: se ele perder, é o pior do
Brasil”, afirmou o ministro.
Venda de praias brasileiras: Na entrevista ao Flow Podcast,
o ministro da Economia sugeriu a venda de praias brasileiras por US$ 1
bilhão. Segundo Guedes, a impossibilidade de vender as praias é um exemplo de
“má gestão” brasileira.
“O caso do Brasil é um caso clássico de má gestão. Tem trilhões de artigos mal usadas. Por exemplo, tem um grupo de fora que quer comprar uma praia numa região importante do Brasil e quer pagar US$ 1 bilhão. Aí você chega lá e pergunta: vem cá, vamos fazer um leilão dessa praia? Não, não pode, isso é da Marinha. E quanto a gente recebe por isso? Não, a gente pinta lá o quartel deles uma vez por ano. É muito mal gerido o troço. Não é de ninguém,, quando é do governo não é de ninguém”, disse o ministro.