No
dia seguinte das eleições, com vitória de Ibaneis Rocha (MDB) no primeiro
turno, começa a construção de 2026. Quem são os possíveis candidatos ao Palácio
do Buriti nas próximas eleições. Pelo menos, um nome já se credencia, a
vice-governadora eleita Celina Leão (PP). Damares Alves (Republicanos),
eleita senadora, disse ontem que não será candidata ao governo daqui a quatro
anos.
Agradecimentos
de Damares: A senadora eleita Damares Alves (Republicanos) agradece a
alguns nomes especiais pela vitória: o presidente Jair Bolsonaro, a
primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, a do DF, Mayara Noronha, o ministro
da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, a vice-governadora eleita do
DF, Celina Leão, o governador Ibaneis Rocha e o chefe da Casa Civil da Presidência
da República, Ciro Nogueira, além do comando de seu partido, Republicanos.
Damares disse ontem no programa CB.Poder que Celina terá uma sala em seu
gabinete no Senado e que vai trabalhar ao lado dos suplentes, Manoel Arruda e
Egmar Tavares, sem se licenciar do mandato.
Unidos
na campanha de Lula: Um almoço ontem reuniu dirigentes da federação
PT-PV-PCdoB, liderados por Leandro Grass e pelos presidentes dos partidos
aliados, para um balanço e para buscar estratégias para a campanha de Lula no
DF neste segundo turno. Participaram também dirigentes do PSB e parlamentares
eleitos. A conversa segue hoje.
Sem
sucesso: Os principais candidatos apoiados pelo senador José Antônio
Reguffe (sem partido) não emplacaram na eleição de domingo. A advogada Samantha
Meyer (PP) teve apenas 6,1 mil votos. Joe Valle (PDT) também ficou bem atrás na
corrida ao Senado. Um dos candidatos mais identificados com Reguffe, Daniel
Radar (União), era bem cotado para a Câmara Legislativa, alcançou 11.739 votos,
mas está na suplência de Eduardo Pedrosa (União), eleito com 22.489 votos.
Disputa
pela presidência: A três meses do fim do mandato, com a nova
composição da Câmara Legislativa eleita, começam também as conversas em
torno de quem vai comandar a Casa nos próximos dois anos. Um dos nomes cotados
é o Wellington Luiz (MDB). É do partido de Ibaneis, leal, experiente e tem boa
relação com a vice, Celina Leão.
Uma
geração que ficou de fora: A eleição deste domingo sinalizou uma renovação
na política do Distrito Federal. Políticos tradicionais, testados e que
participaram da história na cidade ficaram sem mandato. É o caso do
ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) que teve mais votos que dois eleitos,
mas não conseguiu o mandato de deputado federal por falta de coeficiente
eleitoral. O ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB) também não conseguiu um
mandato de distrital. Roney Nemer (PP) e Rogério Rosso (PP) tiveram
respectivamente 46.151 votos e 14.210 votos e também não se elegeram. Os
ex-distritais Eliana Pedrosa (União) e Alírio Neto (MDB) tentaram uma vaga de
federal. Mas não tiveram sucesso. O ex-deputado Wasny de Roure (PV) e a
ex-governadora Maria de Lourdes Abadia (União) também concorreram à Câmara
Legislativa, mas perderam. Sem contar os que não seduziram o eleitor, estão os
políticos barrados pela Justiça: os ex-governadores José Roberto Arruda (PL) e
Agnelo Queiroz (PT).
Chance: O
ex-deputado Alírio Neto ficou na suplência de deputado federal e pode assumir
se Rafael Prudente (MDB), eleito com 121.307 votos, topar um cargo no
Executivo, o que é possível.
De
vice a suplente: O vice-governador Paco Britto (Avante) não emplacou como
deputado distrital. Teve 5.444 votos. É o segundo suplente do partido.
Sem
sucesso: Bem colocado na disputa ao Palácio do Buriti em 2018, General
Paulo Chagas (Podemos) não fez o mesmo sucesso na disputa a deputado federal.
Ficou com 2.572 votos.
Derrotados: Entre
os 24 deputados distritais, nove não conseguiram mandato. Leandro Grass (PV)
ficou fora da disputa ao Palácio do Buriti. Os distritais Cláudio Abrantes
(PSD), Valdelino Barcelos (PP), Delmasso (Republicanos), Sardinha (PL) e
Agaciel Maia (PL) ficaram na suplência. Fernando Fernandes (Pros) teve 12.383
votos e não se elegeu. José Gomes (PP) e Julia Lucy (União) não conseguiram
vaga de deputados federais.
Upgrade: Dois
deputados distritais tiveram upgrade: Rafael Prudente (MDB) e Reginaldo Veras
(PV) foram eleitos deputados federais.
Dupla
derrota: O senador Izalci Lucas (PSDB) viu o sonho de se eleger governador
afundar e ainda perdeu a chance de ver o filho Sergio Izalci na Câmara
Legislativa. Ele teve 1996 votos e está na suplência de Paula Belmonte
(Cidadania), que conseguiu o mandato de distrital.
Disposta
a dar a sua contribuição: No meio do clima de cansaço que dominava as
filas do Elefante Branco, a senhora Maryland Leite Oliveira, 80 anos, resolveu
exercer seu papel como cidadã. Mesmo sem a obrigatoriedade do voto, ela passou
o mês insistindo para que os filhos a acompanhassem no dia da eleição. O filho,
o procurador Chico Leite, ex-deputado distrital, atendeu o pedido e a
acompanhou. Na luta pela democracia, Mary é uma luz de esperança de que as
pessoas exerçam a cidadania com orgulho. “Eu ainda posso fazer a minha parte
para mudar a situação atual”, disse.
17
mil votos até o fim: José Roberto Arruda (PL) recebeu 17.016 votos no
último domingo. São eleitores que não souberam do impedimento da candidatura
dele a deputado federal pela Justiça Eleitoral ou decidiram votar de qualquer
forma. Esses votos contam como nulos.
Só
Papos: “A esperança do povo brasileiro me deixa muito emocionado. É por
isso que digo para vocês que vou ganhar as eleições, para recuperar o direito
do povo de ser feliz. O povo brasileiro precisa, merece e tem o direito de ser
respeitado outra vez” (Ex-presidente Lula)
“Sabemos
do tamanho da nossa responsabilidade e dos desafios que vamos enfrentar. Mas
sabemos aonde queremos chegar e como chegaremos lá. Pela graça de Deus, nunca
perdi uma eleição e sei que não será agora, quando a liberdade do Brasil
inteiro depende de nós, que iremos perder” (Presidente Jair Bolsonaro)