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Bolsonaro é o grande vitorioso das Eleições no DF, & Os Vencedores e Vencidos

Bolsonaro é o grande vitorioso das eleições no DF

O presidente Jair Bolsonaro é o grande vencedor das eleições no DF. Obteve 51,65% dos votos entre os moradores da capital do país — enquanto Lula teve 36,85% — elegeu uma senadora totalmente identificada com sua base, a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos), viu o governador Ibaneis Rocha (MDB), que o apoiou, vitorioso no primeiro turno e ainda emplacou seis dos oito deputados federais da bancada local, sendo a primeira no ranking, eleita com estrondosa votação, Bia Kicis (PL-DF), uma superaliada.


Frango com pé de porco: Logo depois de votar na Escola Francesa, no Lago Sul, o governador Ibaneis Rocha foi para casa preparar uma comida forte: galopé, frango caipira com pé de porco. Reuniu amigos e familiares para aguardar a apuração do resultado das eleições. Estava confiante na vitória. Mas apostava no segundo turno.

Nunca antes na história do DF: Ibaneis Rocha (MDB) é o segundo governador da história do Distrito Federal a se reeleger. Antes, só Joaquim Roriz. Segundo candidato ao Palácio do Buriti a vencer no primeiro turno. Antes, só José Roberto Arruda. Mas é o primeiro a não precisar enfrentar um segundo turno.

Vitória antecipada: A equipe de Ibaneis chegou a gravar alguns programas eleitorais para o segundo turno. Acreditava que a eleição só seria decidida em 30 de outubro, contra Leandro Grass (PV). Mas Ibaneis estava certo de que seria só questão de tempo. Lá na frente, venceria com mais de 75% dos votos.

Sem papo: Segundo colocado na eleição, o deputado distrital Leandro Grass (PV) telefonou para cumprimentar Ibaneis Rocha pela vitória. Mas o governador não atendeu.

Poucos votos: A equipe de Leandro Grass acredita que o candidato fez muito mais do que apostavam. Chegou a 26,25% dos votos, o equivalente a 434.587 votos. Mas outros candidatos não ajudaram. A senadora Leila Barros (PDT) teve um resultado bem abaixo do esperado, com 4,81% dos votos, ou 79.597 votos. Izalci Lucas (PSDB) ficou com 4,26%, correspondente a 70.584 votos. Keka Bagno (PSol) somou apenas 13.613 votos.

Caveira supreendeu: A grande surpresa na disputa ao Palácio do Buriti foi o Coronel Moreno (PTB), ex-comandante do Bope. Ficou em quarto lugar, apesar de ser um neófito na política. Teve 94.100 votos.

Perspectiva de futuro: O PSD sai fortalecido da eleição, como grande força política do DF. Com a eleição de dois deputados distritais e a colocação do empresário Paulo Octávio em terceiro lugar, com 130 mil votos, sem estar atrelado a nenhum candidato a presidente, numa eleição que polarizou o Brasil, credencia o partido como terceira força política da cidade e perspectiva de grande futuro.

Mantra poderoso: Durante toda a campanha, Damares Alves (Republicanos) disse e repetiu como um mantra que derrotaria Flávia Arruda e seria eleita senadora.

Agressões e obstáculos: A deputada Flávia Arruda (PL-DF) divulgou uma nota depois da consolidação do resultado das urnas: “Agradeço aos 429.676 brasilienses que me deram o seu voto de confiança. E agradeço a todo o nosso grupo político, que não mediu esforços para superar agressões e obstáculos terríveis. Como presidente do PL-DF, me congratulo com nossos deputados federais, com a maior bancada de deputados distritais eleitos e com todos os candidatos que enriqueceram a nossa legenda. Vamos continuar sempre trabalhando por Brasília! Parabenizo a todos os eleitos pelo DF e desejo que todos possam fazer um bom trabalho pela nossa cidade”.

Renovação: Foi grande a renovação na Câmara Legislativa. Metade dos 24 deputados eleitos não integrou a atual legislatura. Nove estão no primeiro mandato na Casa. São eles: Max Maciel (PSol), Thiago Manzoni (PL), Joaquim Roriz Neto (PL), Doutora Jane (Agir), Rogério Morro da Cruz (PMN), Gabriel Magno (PT), Paula Belmonte (Cidadania), Pepa (PP) e Dayse Amarilio (PSB). Três já tiveram mandato: Wellington Luiz (MDB), Pastor Daniel de Castro (PP) e Ricardo Vale (PT).

Reeleitos: Entre os 18 distritais que disputaram a reeleição, 12 tiveram êxito. São eles: Fábio Félix (PSol), Chico Vigilante (PT), Daniel Donizet (PL), Martins Machado (Republicanos), Robério Negreiros (PSD), Jorge Vianna (PSD), Jaqueline Silva (Agir), Eduardo Pedrosa (União), Iolando (MDB), Hermeto (MDB), Roosevelt Vilela (PL) e João Cardoso (Avante).

Bancada maior: O PT ampliou a bancada de dois para três distritais. Sai Arlete Sampaio, que não concorreu, e fica Chico Vigilante, além de Gabriel Magno e Ricardo Valle. Magno é o sucessor de Arlete, chefe de gabinete da petista que o apoiou.

Dois distritais do PSol: O PSol também cresceu. Além de ter conseguido reeleger Fábio Félix como o mais votado da história (51.792 votos), tem agora outro distrital, Max Maciel, que também teve excelente desempenho. Obteve 35.758 votos.

Saem dois, entram dois: A Polícia Civil do DF tem dois representantes: o agente Wellington Luiz (MDB) e a delegada Jane Klébia (Agir). Cláudio Abrantes (PSD) e Reginaldo Sardinha (PL) não emplacaram.

Suplente: Irmão da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o candidato Eduardo Torres (PL) teve 16.990 votos e ficou como terceiro suplente de deputado distrital do partido do cunhado, o presidente Jair Bolsonaro. A legenda elegeu uma bancada de quatro deputados. Para que o irmão de Michelle assuma o mandato, o governador Ibaneis Rocha terá de nomear três para o Executivo.

Família Filippelli não emplacou: O ex-vice-governador Tadeu Filippelli ficou na suplência como deputado distrital. Teve um desempenho bem abaixo do esperado, com apenas 7.152 votos. A nora Ericka Filippelli (PTB) conquistou 4.734 votos e não se elegeu.

Fora: A segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Cristina Bolsonaro (PP), teve votação pífia. A mãe do filho 04, Jair Renan, teve 1.485 votos.

Perdas no PSB: O PSB teve um dia de tristeza. No DF, não elegeu o ex-governador Rodrigo Rollemberg e o Professor Israel Batista como deputados federais. Em São Paulo, Márcio França perdeu o Senado para o Astronauta Marcos Pontes (PL). Em Pernambuco, Danilo Cabral (PSB) ficou fora do segundo turno.

Sem mandato: O deputado Luís Miranda não fez sucesso em São Paulo. Eleito em 2018 pelo DEM do DF, ele migrou para o Republicanos e mudou o domicílio eleitoral. Mas só conseguiu 8.931 votos. Ficará sem mandato.


Ana Maria Campos - Coluna Eixo Capital – Correio Braziliense




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