O que muda na sua gestão à frente
do Sebrae-DF, a partir de 2023? Os próximos quatro anos serão de retomada,
após o impacto que a pandemia deixou na nossa economia. Será uma gestão
centrada na sensibilidade aos problemas dos empresários, e antenada nas
possibilidades de oportunidades de mercado. Cabe lembrar que nos últimos anos
estive à frente da Diretoria Técnica, a qual cabe a responsabilidade por vários
projetos de êxito do Sebrae no Distrito Federal. Então, é normal a
continuidade desses programas de sucesso.
Uma gestão feminina altera os
programas voltados a micro e pequenas empresas? Uma gestão feminina,
inédito como a nossa, na qual a diretoria executiva é só de mulheres significa
que com oportunidades iguais, podemos ocupar qualquer lugar de gestão. Homens e
mulheres em condições iguais de oportunidades vão sempre se destacar por sua
competência e dedicação. Nossa gestão deve impactar no claro sinal para as
empreendedoras de que podemos ocupar cada vez mais esses espaços.
Depois de dois anos de pandemia,
quando as pessoas já se sentiam seguras, vemos um aumento nos casos de covid e
medidas adotadas pela Anvisa com a volta de obrigatoriedade de máscaras em voo
e aeroportos. Esse retrocesso abala a expectativa de aquecimento da
economia? Não vejo como um retrocesso, mas como uma preocupação, acertada
diante do recrudescimento dos casos. Acredito que iremos conviver com covid
durante muito tempo, e essa convivência exigirá adaptações. Nosso papel em uma
instituição de suporte aos pequenos e micro empresas será de facilitar essa
adaptação para um segmento da economia que é mais sensível a mudanças.
Você sempre foi uma pessoa próxima
do governador Ibaneis Rocha. Haverá uma parceria maior do Sebrae com o GDF?
Como podem atuar juntos? O governador Ibaneis tem uma elevada
sensibilidade aos problemas do setor produtivo e isso, sem dúvida, coloca o
Sebrae como um parceiro potencial para projetos que alavanquem esse segmento.
Nossa proximidade e afinidade politica facilitarão essas parcerias. Um exemplo
de atuação com certeza será na ampliação dos projetos de Educação Empreendedora
e também na atuação com foco nas especificidades de cada região administrativa,
buscando potencializar suas vocações, atuando em parceria com as administrações
regionais e outras entidades.
Qual é a sua expectativa em
relação ao governo Lula? Acredita que será um bom momento para os pequenos
empresários? O presidente eleito já manifestou algumas vezes que vê o
segmento das micros e pequenas empresas como prioritário na retomada da
economia brasileira. Para adotar essa prioridade precisará do apoio do Sebrae e
poderá contar conosco nessa bandeira.