Você foi o quarto deputado
distrital mais votado. Acha que a bandeira da defesa dos animais ganhou a
simpatia do eleitorado? Sou o primeiro deputado eleito pela causa animal de toda a história.
Fizemos uma campanha limpa, consciente e tenho muito orgulho da nossa
trajetória. Muitos duvidavam e questionavam a nossa bandeira. Mas Brasília
provou amar e respeitar os animais, e eu vou honrar o voto de cada um que me
apoia e acredita que o nosso trabalho não pode parar.
Por que você decidiu se dedicar a esse tema? Sempre
tive uma relação muito especial com os animais. Desde pequeno não podia ver um
animal abandonado que queria resgatar e assim comecei a me engajar na causa
animal. No meu primeiro mandato, muitas pessoas subestimavam nosso trabalho e a
bandeira que defendemos. Enfrentei resistência por parte de muitos, ouvi até
xingamentos, mas hoje, depois de tantas conquistas, vejo como o esforço valeu
muito a pena. Estamos avançando.
Qual projeto mais importante você conseguiu aprovar? Considero
a Lei 6.787/2021, que proíbe acorrentar animais, uma das mais importantes do
nosso mandato. Acorrentar animais é crime de maus-tratos. Nada justifica manter
um pet preso em cordas ou correntes, sem conseguir se movimentar direito, de
baixo de sol e chuva. Isso é crueldade.
O PL vai unido para a eleição da Mesa Diretora da Câmara
Legislativa? O PL vai seguir unido para a votação. Todos os
parlamentares e a presidente do partido (Flavia Arruda) estão alinhados.
Apoia Wellington Luiz para presidente e Ricardo Vale para
vice? Sim. Foi uma construção feita partidariamente, em acordo com
os quatros parlamentares membros do PL e a presidente do partido. Vamos apoiar
a chapa Wellington Luiz, Ricardo Vale, Daniel de Castro, Roosevelt Vilela e o
Martins Machado.
Quem deve comandar o PL-DF? Flavia Arruda ou Bia Kicis? Atualmente,
a presidente do partido é a Flávia Arruda, mas não sabemos como vai ser o rumo,
pois não tenho participado das negociações em âmbito nacional.
Na sua opinião, Bolsonaro deveria passar a faixa para Lula? O
ato de passar a faixa é uma tradição presidencial, em que o presidente eleito é
condecorado pelo seu antecessor. Mas cabe ao Bolsonaro decidir se deseja manter
esse simbolismo, uma vez que ele não é obrigado a comparecer à cerimônia.
Apenas o presidente eleito tem obrigação de estar presente na posse.
Qual é o futuro do presidente Bolsonaro? Isso é uma
incógnita para todos nós. Vamos esperar e ver como a política nacional vai ser
desenhada após a posse do presidente Lula.
Houve um convite do governador Ibaneis Rocha para você assumir uma
secretária relacionada a esse tema? Tive a honra de ser convidado
pelo governador Ibaneis para assumir a Secretaria do Meio Ambiente. Devo tomar
posse agora em janeiro. É uma grande vitória. Finalmente, trabalharemos muito
em prol do meio ambiente e a causa animal ampliará seu espaço no Poder
Executivo. Estou muito animado com tudo o que poderemos realizar em defesa do
meio ambiente e da fauna do DF.