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Quem pode pode

Quem pode pode

Quem pode pode, dizia o filósofo de Mondubim. Em tempos de distrações alienantes, como a Copa do Mundo de Futebol e de protestos que arrastam milhões de brasileiros por mais de um mês para a frente aos quartéis de todo o país, todo o cuidado não chega a ser demasiado. Ainda mais quando o que está em jogo é o que realmente importa à população.     


Mais uma vez, assiste-se o alargamento do bueiro por onde escoam os recursos da nação. Como sempre, rumam em sentido contrário ao das necessidades básicas dos cidadãos. Nesse caso, depois da PEC fura teto que promete fazer desaparecer, num átimo, R$ 200 bilhões, sob a falsa rubrica dos auxílios bolsas, o Senado se prepara para a votação da PEC dos Penduricalhos.


Trata-se de ressuscitar um pacote de privilégios remuneratórios para juízes, membros do Ministério Público e altos funcionários do serviço público, perdido, há algum tempo, em alguma gaveta qualquer do arquivo morto do Senado. Quem pode fazer lobby, pode obter o que deseja, mesmo que o cenário negativo da economia do país recomende e aponte o contrário. Às favas as necessidades urgentes da população. O que está em jogo, mais uma vez, são vantagens salariais, livres do teto constitucional. Quem pode voa alto, acima de tetos e telhados. Nesse balão da alegria, terá espaço também para outros sortudos, como procuradores dos estados e municípios, membros da advocacia pública, da defensoria pública, delegados das policias civil e federal e por aí vai.


Para isso, foram criados os impostos escorchantes, elevando o Brasil à condição de país com a maior carga tributária do planeta. Mesmo que tenha sua votação adiada, para “debates mais aprofundados da matéria”, a intenção é que essa proposta de emenda constitucional (PEC 63/2013) deve ter sua votação concluída até o final deste ano. Por certo, essa não é uma matéria de interesse da população, que, se consultada sobre sua importância, a colocaria, definitivamente, fora de pauta e de contexto. Com essa medida extemporânea, os salários dos magistrados ultrapassarão facilmente os R$ 55 mil, num efeito cascata que pode arruinar ainda mais a combalida conta pública.


Em um período em que se anuncia a transição de governo, propostas, como essa, tem mais possibilidades de virem a ser aprovadas, uma vez que, em tempos assim, o toma lá dá cá passa a ser a moeda corrente nas negociações políticas, com abertura de diversos balcões de negócios dentro do parlamento. Não surpreende que uma parte da população, desiludida com o descaso do Poder Legislativo em relação ao que ocorre no país, venha correndo em massa para a frente dos quartéis pedindo e clamando por socorro.

A frase que foi pronunciada : “Farinha é pouca, meu pirão primeiro!” (Dito popular)

Início:(Vídeo~~~)Impossibilidade de controle emocional é a principal característica para as crianças com excesso de exposição às telas. A doutora Evelyn Eisenstein, que coordena o Grupo de Trabalho em Saúde Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria confessa que o aumento de relatos dos pais com falta de controle sobre os filhos tem assustado.

Processo: Ainda sobre a quantidade de horas na frente de uma tela, a conclusão de estudos é que o problema é muito parecido com as drogas. A fissura pelo eletrônico, o prazer durante os jogos e depois problemas de atenção e hiperatividade, problemas de sono, desempenho acadêmico insatisfatório, irritabilidade e infelicidade.

Consequência:(Vídeo~~~) O que mais tem preocupado a sociedade médica em relação aos jogos eletrônicos e exposição demasiada às telas é o efeito no cérebro das crianças. “A exposição constante a telas de computador e celular leva à atrofia do córtex cerebral, com redução da receptividade de informações dos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar). Há uma aceleração do processo de envelhecimento cerebral.”

Educação:(Vídeo~~~) Em contrapartida aos lucros, o Itaú criou o Polo, que é  uma alternativa à população para estudar e se instruir gratuitamente. O marketing informa que mais de 150 mil docentes, gestores de educação e representantes de organizações da sociedade civil se cadastraram no Polo, ambiente de formação do Itaú Social. A plataforma, que completou três anos, oferece 59 cursos gratuitos e já emitiu mais de 106 mil certificados. As formações mais procuradas são sobre mediação de leitura para crianças e jovens, letramento matemático e BNCC.

Circe Cunha e Mamfil – Coluna “Visto, lido e ouvido” - Ari Cunha - Charge do Jota A - Correio Braziliense




 

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