As mensagens de WhatsApp enviadas pelo governador Ibaneis Rocha, no
domingo passado, foram printadas para servirem como peças da
defesa dele. Entre as nove páginas do documento, entregue pelos advogados ao
STF, em que narra sua versão dos fatos, está destacado:
“Que às 15:39 horas ao acompanhar pela TV o início de um tumulto,
próximo do Congresso Nacional, determinou ao secretário de segurança em
exercício : “coloca tudo na rua” e na sequência ainda disse : (“Tira esses
vagabundos do congresso de prendam o máximo possível”.)
Segundo o depoimento, o delegado Fernando, até então, na manhã, em
áudios disse: “qualquer intercorrência eu aviso o senhor, mas a princípio, tudo
tranquilo, bem calmo” . E assim Ibaneis “viveu a manhã de domingo com
normalidade, inclusive indo à missa do meio dia, e retomando a residência para
acompanhar as notícias pela TV”.
Às 13:23, recebeu um novo áudio do delegado Fernando passando o último
informe : “tudo tranquilo”
Informou que os manifestantes estavam descendo do SMU “de forma
controlada, escoltados pela polícia, afirmando ter feito negociação para
descerem de forma pacífica, organizada e acompanhada”.
O secretário interino acrescentou ainda: “a nossa inteligência está
monitorando, não há nenhum informe de questão de agressividade ligada a esse tipo
de comportamento”.
Pouco tempo depois, a Praça dos Três Poderes tinha sido invadida,
vandalizada, com atos terroristas nunca vistos antes em Brasília.