Nos últimos quatro anos, o
Governo do Distrito Federal (GDF) devolveu à população diversos equipamentos
públicos culturais. Foram investidos mais de R$ 20 milhões para que espaços
considerados patrimônios e que estavam abandonados voltassem a poder ser
visitados pelo público. Em 2023, estão confirmados mais R$ 55 milhões para a
aguardada reforma do Teatro Nacional, fechado há dez anos, que teve a ordem de
serviço assinada no ano passado
“É um trabalho às vezes demorado, mas nós estamos empenhados para que todos os equipamentos voltem a funcionar” (Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa)
Uma das entregas mais emblemáticas desse pacote foi a do Museu de Arte de Brasília (MAB), que ficou interditado por 14 anos. Orçada em R$ 9 milhões, a reforma garantiu que as instalações, antes consideradas um risco pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), se tornassem aptas para a reabertura do espaço, que ocorreu no aniversário de Brasília de 2021.
“É triste pensar que por muitos anos as pessoas não tiveram acesso a esse acervo tão rico e que nos traz tantas emoções”, comenta. “Gostamos muito do museu. É muito organizado, tem acessibilidade e, à disposição do visitante, peças muito bonitas. E tudo isso sem custo”, acrescenta Matheus.
Patrimônio cultural: Ao longo dos quatro anos, outros 21 equipamentos culturais do DF passaram por alguma intervenção do governo para retomada das atividades. “Entregamos completamente reformados à população a Concha Acústica, o Museu do Catetinho, a Galeria Fayga Ostrower e o Teatro Plínio Marcos (no Eixo Cultural Ibero-americano, antigo Complexo Cultural Funarte de Brasília) e a Gibiteca TT Catalão (no Espaço Cultural Renato Russo)”, exemplifica o secretário.
Na Concha Acústica, foram investidos R$ 442 mil para regularização das placas de concreto que compõem o piso, reconstrução do alambrado, pintura completa das estruturas, instalação de refletores e substituição de vidros. Também estão sendo investidos R$ 3,6 milhões para obras ainda em execução de urbanismo, paisagismo e drenagem, que integram meios-fios, pavimento de concreto, pista de caminhada, estacionamento, bocas de lobo e rede fluvial, além de árvores e arbustos.
Reaberto no aniversário de 62
anos de Brasília, em 2022, o Museu do Catetinho recebeu manutenção do telhado e
do piso, limpeza de ferros, troca de peças, renovação do estacionamento e
melhoria na acessibilidade. Investimento: R$ 439 mil
Na mesma data, ocorreu a reabertura da
Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, que estava desativada
desde 2013. Rebatizado de TT Catalão, em homenagem ao jornalista e poeta
Vanderlei dos Santos Catalão, o espaço foi repaginado, ganhou acessibilidade e
um sistema de prevenção a incêndios. Investimento de R$ 60 mil.
Já no Eixo Cultural Ibero-americano, antiga Funarte, foram investidos R$ 2,060 milhões para reformar a Galeria Fayga Ostrower, que ficou fechada de novembro de 2021 a fevereiro de 2022, e o Teatro Plínio Marcos, sala principal do espaço, que ganhou uma nova fachada, revisão no circuito elétrico, impermeabilização e pintura nas paredes internas, instalação de novo sistema de incêndio, troca de carpetes, novo layout da sala, projeto luminotécnico, revitalização de palco e banheiros.
Futuras entregas: Neste ano, o governo conduz as obras no Teatro Nacional Cláudio Santoro, iniciadas pela Sala Martins Pena, e dá continuidade aos trabalhos no Cine Itapuã. No caso do teatro, a ordem de serviço foi assinada em 20 de dezembro de 2022. “O nosso grande equipamento, que é o mais esperado, encerramos a gestão dando o pontapé para que ele volte muito em breve, que é o Teatro Nacional”, conta Bartolomeu Rodrigues.