test banner

Candidata do DF ao Miss Brasil de Las Américas quer ganhar o mundo

Candidata do DF ao Miss Brasil de Las Américas quer ganhar o mundo. Fabiana Araújo, 23, de Santa Maria, vai representar o DF no Miss Brasil de Las Américas, e pretende mostrar a diversidade das regiões da capital para o mundo. Como bandeira, vai falar sobre meninas negras e de origem humilde


Filha de uma maranhense e de um goiano do interior, Fabiana Araújo, 23 anos, representa muito os filhos do Distrito Federal. Na luta, na garra e na defesa da diversidade, foi eleita a Miss DF de Las Américas e viajará em março para Curitiba em busca do título de Miss Brasil de Las Américas.

Esse sempre foi um desejo de Fabiana. Desde os seis anos de idade, atuou como modelo e aprendeu sobre a profissão e si mesma. Aos 18, decidiu dar uma parada após o falecimento do pai, colocando os sonhos em pausa até que resolveu retornar agora, aos 23 anos, com foco em concursos de miss.


Moradora de Santa Maria, Fabiana vai para o Plano Piloto todos os dias para trabalhar e estudar. Com formação em marketing e pós-graduação em branding, cursa comunicação organizacional na Universidade de Brasília (UnB).

"Venho de uma origem muito humilde. Têm misses que possuem todo um apoio financeiro e eu não tenho. Eu sou bem correria. Trabalho, estudo, tenho graduação, pós-graduação e isso também me ajuda bastante, porque consigo me destacar nas entrevistas do concurso, que são as provas em que me sinto mais segura, inclusive", diz.

É nessa correria do dia a dia que Fabiana recebe o apoio da comunidade de Santa Maria. As pessoas da região ajudam com parcerias para cuidar da pele e do corpo, entre outras. Além disso, a preparação para a disputa também ocorre no meio tempo da rotina cheia. São idas e vindas das aulas de inglês — um dos pontos avaliados no concurso —, assistir vídeos de etiqueta para praticá-la e treinar "passarela" aos finais de semana, quando dá tempo.


"Para mim, estar no Miss Brasil é um momento de falar que tudo o que você entrega de esforço e de trabalho é recompensado. E que bom que vou viver a experiência com tudo o que tenho de entrega, assim como estou entregando tudo de mim nesse momento importante de preparo. Se o resultado for ganhar é o melhor dos mundos", revela Fabiana.


Família: Principal provedora da família desde os 14 anos, Fabiana vê a conquista de chegar ao Miss Brasil de Las Américas como um grande orgulho para os que ama e a ajudam desde o incentivo até a criação das roupas que irá usar.


As tias de Fabiana auxiliam na hora de confeccionar as roupas para o concurso e são grandes incentivadoras. "São todo o meu gás. Se depender da torcida, já ganhei, porque a minha família é incrível. Todos estão muito felizes de verem alguém da nossa família no Miss Brasil", conta.


Fabiana mora com a mãe, Maria de Fátima, e a avó, Maria. Ambas são suas maiores inspirações. "Vou me esforçar por elas, porque a minha maior motivação é dar uma vida melhor a cada uma", afirma.

Maria de Fátima vai viajar com a filha para a fase nacional do Miss Brasil de Las Américas em março e é uma das que mais incentiva Fabiana a ir em busca do que realmente quer. "A minha mãe é o motivo de eu estar fazendo o que estou fazendo e ela também é a pessoa que me acompanha sempre."


Apesar do pai já ter falecido, Fabiana ressalta que ele ainda é um de seus maiores apoiadores. "Ele não está mais aqui comigo fisicamente, mas o meu pai é meu motivador desde sempre, investiu muito em mim, viajei para São Paulo, para o Rio, tudo com o apoio do meu pai para ser modelo. Ele sempre acreditou muito em mim", reflete.


A vida, a criação e a vontade de ser referência para outras meninas que sonham em chegar em lugares que parecem distantes da realidade foram as motivações para escolher a bandeira que representará no Miss Brasil Las Américas.


"A minha bandeira no concurso é falar sobre meninas negras, meninas de origem pobre, assim como eu, que têm os sonhos delas, mas não têm apoio financeiro e, às vezes, não têm apoio nem familiar", antecipa. Fabiana quer mostrar o DF como um todo para o país e o mundo. "Quero levar Samambaia, Taguatinga, Santa Maria, quero levar a favela, porque acredito que a favela é uma potência e que cada um de nós assim que vai saindo e se destacando de alguma forma tem que levá-la junto", destaca.

Para ela, chegar ao Miss Brasil de Las Américas é uma grande conquista. "Os padrões de beleza estão mudando — e que bom que estão mudando. Não é mais considerado somente quem tem o nariz fino, o cabelo liso, a pele branca. Uma Miss Brasil pode sim ser uma menina cacheada, que foge um pouco dos padrões que antes eram estabelecidos na sociedade", finaliza.


Concurso: O Miss Brasil de Las Américas será realizado em Curitiba em 16, 17 e 18 de março. No primeiro dia, as candidatas terão uma workshop com Paulo Filho, um dos nomes mais renomados do meio, seguido de um jantar para analisar os comportamentos de etiqueta das misses.


Nos outros dias, passarão por testes de desfile de biquíni para análise de corpo e fase de entrevista, quando as candidatas explicam se estudam, se já são formadas e em quais línguas são fluentes.


Além disso, elas precisam ter bastante conhecimento sobre o estado ou região que representam e, como é um concurso nacional, saber muito sobre a diversidade do Brasil.

Caso Fabiana vença o Miss Brasil de Las Américas, começará a preparação para a etapa mundial, em Punta Cana, na República Dominicana.


Camilla Germano – Fotos:  Minervino Júnior/CB/ - Correio Braziliense




Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem