Local onde se encontram os três poderes da
República e parada obrigatória para turistas que visitam a capital, a Praça dos
Três Poderes já tem projeto pronto e valor definido para a reforma de seu
clássico piso de pedras portuguesas. Cerca de R$ 11 milhões serão investidos na
obra, que ainda depende da aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan). Um espaço tombado de 26,4 mil m² que abriga em
formato triangular o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o
Congresso Nacional.
Uma equipe de arquitetos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) trabalha há dois anos para atender a aprovação de todos os quesitos de preservação solicitados pelo instituto para a simbólica praça. Recentemente, o professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) Fernando Birello colaborou com a pasta ao produzir um mapeamento aéreo de toda a área, usando um drone. Com mais esta exigência cumprida, o governo espera enfim iniciar a restauração da praça.
A Praça dos Três Poderes é um espaço tombado de 26,4 mil m² que abriga o Palácio do Planalto, o STF e o Congresso Nacional
“Foi feito todo um mapeamento pedra por pedra, de onde elas devem ser retiradas e onde serão colocadas. Além do que serão lavadas. É uma obra complexa, pois estamos lidando com um equipamento tombado”, informa o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Já temos recurso disponibilizado pelo GDF e agora é aguardar a liberação do Iphan”, afirma ele.
Inaugurada em 1960 juntamente com Brasília, o
espaço sofreu o desgaste natural de décadas e ainda viu dezenas de pedras serem
arrancadas nos tristes episódios dos atos antidemocráticos, em 8 de janeiro. A
restauração do calçamento da Praça dos Três Poderes vai incluir trabalhos de
impermeabilização, correção de topografia e troca ou reposição de pedras.
Conforme lembra o subsecretário do Patrimônio Público, Aquiles Brayner, ao pisar na praça se anda ‘sobre o patrimônio’. “Queremos devolver a praça à população de uma maneira que ela possa ser utilizada sem dificuldades”, reforça. “Não é só um problema estético, mas de segurança, acarretado pela falta de peças e também o desnivelamento do piso”, diz o gestor. Com a aprovação do projeto final feito pelos técnicos da Secec, o próximo passo será a licitação da reforma. ( Vídeo ~~~~ )