A deputada federal Bia Kicis
defende mais capacitação e estímulo às mulheres para entrarem na política.
Segundo ela, a cota definida por lei de participação nas candidaturas
partidárias, em vez de ajudar, atrapalha.
”Por isso, aparecem essas
laranjas. Mulheres que não têm inclinação para a política, que são empurradas
ou usadas para uma candidatura apenas para preencher cota. As mulheres
devem participar desse espaço mais de forma verdadeira, e para isso precisamos
ajudar na capacitação delas”, disse à coluna.
Impedida de visitar
presas: Kicis reclamou do impedimento de visitar mulheres que estão presas
no Presídio Feminino da Colmeia, em Brasília, por envolvimento nos atos do dia
8 de janeiro. Isso devido à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes.
“Eu tinha uma visita marcada
para sexta-feira passada. Mas veio uma decisão do ministro, tirando a autonomia
da juíza da Vara de Execuções Penais para autorizar as visitas. Somente ele
agora pode permitir a entrada nos presídios, neste caso. Mas eu vou mandar a
ele o pedido. Há mulheres lá inocentes, com problemas médicos. Precisamos ver a
situação”, disse ao blog.
Segundo a presidente do PL/DF, o
país vive momento de “insegurança jurídica”. “Eu sou advogada, fui procuradora,
e agora perdi a referência dos trâmites, pois a cada hora é uma decisão nova no
Judiciário. Está difícil o Poder Legislativo desempenhar sua função com o STF
agindo assim”, aponta.
Ela defende ainda a instalação
do CPI mista, com membros da Câmara e do Senado, para apurar as responsabilidades
do que ocorreu no dia 8 de janeiro na Esplanada. A base bolsonarista conseguiu
as assinaturas. Quer com a apuração confrontar e apontar para o governo Lula
também responsabilidades.
Rodar o Brasil: Com
Michelle Bolsonaro, Kicis deu a largada para a caravana que irá rodar o Brasil,
estimulando o engajamento feminino nas questões políticas do país. Michelle
acaba de assumir a presidência nacional do PL Mulher.
As duas gravaram um vídeo para
as redes sociais inaugurado o perfil do PL Mulher. Anunciaram o inicio da
mobilização para este mês de março.
Fundo constitucional: Sobre
o Distrito Federal, a deputada afirmou que o mais importante no momento é
defender a preservação do Fundo Constitucional. “Não podemos deixar que mexam
nele. E, nessa defesa, toda a bancada do DF está unida”, reforçou.