Fátima Cabral, 63 anos, antes de ingressar na agricultura familiar, acumulou experiências profissionais principalmente no meio corporativo e no setor público. Mas, em 2001, ela e o marido decidiram mudar o estilo de vida e compraram um terreno de 40 hectares no Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina-DF.
“Iniciamos com o plantio convencional, com uso de agrotóxicos e insumos químicos. Foi somente em 2008 que meus filhos mais novos e eu tomamos a decisão de fazer uma transição agroecológica e migrar para o sistema de plantio orgânico”. E assim começou o projeto Pé Na Terra Agroecologia, empresa de agricultura familiar com foco no cultivo de orgânicos.
Ativismo: Fátima foi uma
das idealizadoras da Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto São
Bartolomeu (APROSPERA), onde teve algumas resistências no início,
principalmente por ser mulher.
“O gosto pelo campo foi
crescendo e se tornou um ativismo que acabou se espalhando pela comunidade de
assentados que fica próxima daqui e nos levou a criar essa associação para o
fortalecimento da agricultura”, diz Fátima.
Certificado: Ela conta que
o apoio do programa Sebrae Delas – Desenvolvendo Empreendedoras Líderes
Apaixonadas pelo Sucesso-, foi fundamental para que pudesse alcançar o
certificado IBD, que é o maior de produtos orgânicos e sustentáveis da América
Latina.
Restaurantes universitários: Nesta semana, passou a integrar a recém fundada Cooperativa de Produção e Comercialização Orgânica e Agroecológica do DF e Entorno para fornecer produtos para feiras e supermercados. Também há o projeto para fornecer aos restaurantes universitários da Unb, que vão começar a adquirir alimentos da agricultura familiar.