Na última quarta-feira (3), durante a sessão ordinária da Câmara
Legislativa, o deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) respondeu às
provocações de deputados de esquerda sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o
caso dos cartões de vacina. Na tribuna, Manzoni esclareceu falas equivocadas e
frases ditas fora de contexto. Ao iniciar sua fala, Thiago Manzoni disse que os
discursos dos deputados que o antecederam, em especial os do PT, chamaram a sua
atenção. "Essas adjetivações - grave, indefensável, criminosos e
milicianos - por causa de um cartão de vacina. A Polícia Federal, que há pouco
tempo investigava o Mensalão, o Petrolão, a Sanguessuga e outras coisas, agora
investiga cartão de vacina".
O parlamentar exemplificou que o que é realmente grave e indefensável
foi o primeiro grande escândalo que o PT trouxe para o Brasil: o Mensalão.
"Era o Lula pagando mesada para os deputados federais aprovarem matérias
de interesse do governo na Câmara Federal. Foi a primeira grande vergonha. Mas o
pai da mentira disse que não sabia de nada. Entregou a cabeça de José Dirceu, o
braço direito de Lula, que assumiu a responsabilidade. Ele foi preso. Delúbio
Soares foi preso, José Genoino foi preso. Todos acusados de corrupção, lavagem
de dinheiro e formação de quadrilha. Formação de quadrilha sim, é grave, é
indefensável", esclareceu Thiago Manzoni.
Manzoni seguiu pontuando outros casos de corrupção, como o Petrolão,
esquema que lesou a Petrobrás em 5,6 bilhões de reais, só pela Odebrecht.
"Mas, em todos esses crimes, Lula dizia 'eu não sei' e uma sucessão de
crimes culminou em sua prisão e condenação a 12 anos de cadeia. Ele foi
considerado o mentor intelectual do maior esquema de corrupção de que o mundo
ocidental tem notícia", afirmou o parlamentar, complementando que o
presidente do Peru também foi preso por conta do mesmo esquema de corrupção.
Pior do que o passado é o que está por vir para o brasileiro.
"Grave é o presidente do Brasil dizer que ele vai fazer o que for possível
e impossível para salvar a Argentina da tragédia comunista que assola aquele
país, como a fome, a hiperinflação e a desvalorização da moeda. Isso significa
que eu e você, população do Distrito Federal e do Brasil, vamos ter que nos
matar de trabalhar para pagar impostos e mandar dinheiro para a Argentina. Isso
é grave!", disse o distrital.
Outra situação grave é dizer que a Venezuela é uma democracia e não uma
ditadura. É indefensável defender Ortega na Nicarágua, que está matando
cristãos e perseguindo católicos e evangélicos por conta da religião.
"Isso é grave, isso é indefensável". No Brasil, parece que o crime
sempre compensa. Aqueles que foram condenados por formação de quadrilha e
lavagem de dinheiro voltaram ao poder 20 anos depois. Os mesmos personagens
retornaram ao poder, e isso parece um filme de terror do qual os brasileiros
não conseguem se livrar".
O presidente Lula, atualmente no cargo, foi condenado a 12 anos de
prisão. “O processo foi anulado por uma questão formal, mas na primeira
instância, na segunda instância e no Superior Tribunal de Justiça, ele havia
sido condenado. O Supremo Tribunal Federal anulou a decisão devido a uma
questão de competência do juízo da primeira instância. As condenações foram
anuladas e, agora, todos os crimes que haviam sido identificados prescreveram.
Isso é grave e indefensável”, disse Manzoni, e encerrou a sua fala desejando
que a Polícia Federal investigue casos sérios de corrupção.