Na última sexta-feira, o governador Ibaneis Rocha
(MDB) queimou a largada da corrida eleitoral para 2026, ao lançar a vice Celina
Leão (PP) como candidata ao Buriti. Mantida as condições atuais de temperatura
e pressão, Celina deve dar continuidade ao trabalho do governador, enquanto ele
abriria caminho para concorrer a uma das duas vagas ao Senado.
Mas a corrida para o Buriti tem outros nomes na
disputa. A senadora Damares Alves (Republicanos), fenômeno das urnas em 2022,
tem a vantagem de entrar na briga sem o risco de perder o mandato de oito anos.
Izalci Lucas (PSDB), por sua vez, está em posição diferente, pois teria de
partir para o tudo ou nada ao GDF, objetivo amplamente conhecido do parlamentar
tucano.
Do lado progressista, o campo está aberto. Leila
Barros, surpresa na eleição de 2018, aparece como nome mais forte. A senadora
assumiu recentemente a direção do PDT/DF em um evento muito prestigiado por
todos os partidos do campo de esquerda. Ela ganhou mais projeção, nas últimas
semanas, depois das articulações no Congresso Nacional em defesa do Fundo
Constitucional.
Rodrigo Rollemberg, Leandro Grass, Valdir Oliveira
são outros nomes nas conversas para 2026.
Mas todos eles enfrentam um desafio: é possível
convencer o eleitoral brasiliense, que tem demonstrado clara preferência por
candidatos de perfil conservador? Uma candidatura de esquerda possui uma
dificuldade adicional. Lula transfere pouco voto no DF — ao menos para dobrar a
concorrência nas urnas.
Assim foi em 2022, quando Grass alcançou o segundo
lugar na corrida ao Buriti, mas não conseguiu evitar a vitória de Ibaneis no 1º
turno. Com o presidente Lula dando expediente no Planalto, será possível almejar
uma possível volta do PT ao Buriti? A ver.