Em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, o governador Ibaneis Rocha, junto de parlamentares e de
ex-governadores do DF, pediu que os senadores não aprovem a mudança de cálculo
no Fundo Constitucional. “Estamos unidos para manter a cidade funcionando.
Existe uma unanimidade entre a diversidade partidária e de ideologias no DF
quanto a importância desse assunto”, destacou.
Questionado, por parte da imprensa, sobre o motivo
do volume de recursos da União destinado ao “pequeno território” de Brasília,
ele foi enfático: “Exatamente por ser a capital federal. Isso começou ainda
quando a capital era no Rio de Janeiro. Não temos extensão aqui para
desenvolver atividades econômicas como em outras regiões.”
Ibaneis afirmou que, apesar do orçamento do Fundo,
área de Segurança do DF sofre com defasagem de quadros. “Há 10 anos tínhamos,
18 mil policiais. Hoje apenas 9,5 mil”.
A perda projetada de 5% ao ano, com a mudança,
representaria redução de R$ 87 bilhões nos próximos 10 anos. “Sem esses
recursos, a cidade fica inviável”, apontou.
O governador frisou ainda: “‘não podemos retroagir
ao tempo do pires na mão”. Segundo Ibaneis, ele e os representantes do Distrito
Federal vão trabalhar para que os senadores retirem do texto do Arcabouço
Fiscal o artigo que altera a forma de reajuste do Fundo Constitucional, que
mantém a área de Segurança, Saúde e Educação da capital federal. “Em último caso,
vamos atuar para que o artigo seja vetado pelo presidente”, reforçou.
Segundo Ibaneis, o senador Rodrigo Pacheco foi
compreensivo e receptivo as necessidades do DF apresentadas na reunião.