A moda invadiu o Capital Moto Week. Ontem, o Correio Talks entrou na programação do maior evento de rock e motos da América Latina. Em pauta, temas como a atuação do mercado da moda em Brasília e os desafios da construção de uma experiência inclusiva no setor. O bate-papo do Correio Braziliense — moderado pelas jornalistas do jornal Sibele Negromonte e Samanta Sallum — foi com a gestora de Comércio Internacional do Sebrae DF, Kátia Cristina, a proprietária do Ateliê Flor do Rock, Ana Carolina, e a organizadora do Capital Moto Week, Juliana Jacinto. (Vídeo ~~~)
O
espaço citado se chama Lady Bikers, e abriga empreendimentos liderados por
mulheres. Kátia Cristina ressaltou o trabalho feito por quem está à frente de
cada negócio. "Vale a pena conferir e valorizar os pequenos negócios
liderados por mulheres no DF. O Lady Bikers é para isso, valorizar essas
vencedoras e guerreiras", enalteceu.
Juliana
Jacinto comentou sobre a pegada feminina que o espaço trouxe para o CMW.
"Quando começamos a produzir o CMW, era um projeto 97% masculino. Tenho um
carinho muito grande pelo Lady Bikers, pois o grupo nasceu da união entre mim e
mulheres de motoclubes. Começamos a conversar para que pudéssemos perceber o
que elas esperavam do festival", detalhou a organizadora do evento.
Trajetórias: Kátia
Cristina deixou dicas importantes para a mulher que pensa em seguir carreira no
ramo dos negócios. "Não desistam nunca. Desafios, teremos sempre. Mas
tenho certeza que todas as mulheres têm a capacidade de empreender, só precisam
tomar posse da própria vida e ganhar o mundo", avaliou. Ana Carolina lembrou
que sua carreira na moda foi alavancada por conta do Sebrae. "Meu primeiro
curso de corte, costura e modelagem, foi por meio da entidade", destacou.
A
dona do Ateliê Flor do Rock aproveitou a oportunidade para contar um pouco da
sua história com a moda. "Desde a adolescência, pegava as calças do meu
pai e as customizava para mim. Sempre li sobre moda e me inspirava em artistas
do rock. Então, meu contato com motociclismo e rock'n'roll veio de berço",
comentou.
Em
relação ao seu ateliê, a empreendedora disse que teve a ideia pois viu a
necessidade das mulheres, de forma geral, se vestirem bem. "No Brasil,
especificamente, as mulheres não têm um corpo padrão. Algumas tem muito quadril
e outras nem tanto, por exemplo", observou. "E a maior reclamação que
recebia das amigas era que elas compravam roupas, mas não se ajustava em alguma
parte do corpo e pediam para eu arrumar. Com isso, percebi um nicho de mercado
que poderia trabalhar, fazendo roupas sob medida", revelou Ana Carolina.
"Aprendo
e desenvolvo todos os pontos e processos do empreendedorismo no CMW. Neste ano,
diferente dos demais, me aprofundei muito na parte de RH. Estudei muito a
comunicação não violenta, por exemplo, pois são cerca de 14 mil pessoas,
trabalhando direta ou indiretamente no evento", ressaltou.