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47 anos sem JK

47 anos sem JK

 

No dia 22 de Agosto de 1976, o Brasil chorou a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. No dia seguinte, contrariando a ditadura militar, os candangos fizeram a maior manifestação popular já vista na nova capital e carregaram nos ombros o caixão com o corpo de JK até o cemitério Campo da Esperança. Meu pai, um candango que chegou a Brasília em 1958 foi um deles. 

 

Papai era juscelinista e como coincidentemente nasci no dia 22 de Agosto, durante toda a minha infância, tradicionalmente,  o dia do meu aniversário começava no Memorial JK, na missa de aniversário da morte do ex-presidente. 


Com o tempo, após o falecimento de Dona Sarah e da sua filha Márcia, as homenagens a Juscelino foram transferidas para o dia 12 de Setembro, concorrendo com as homenagens de sua cidade natal: Diamantina.

 

Pra mim, o dia em que Brasília deveria homenagear JK deveria ser sempre no dia 22 de agosto, aniversário de sua morte e não em 12 de setembro como faz Diamantina, sua terra natal. Explico os motivos:

 

Duas cidades fazendo homenagem e comemorações no mesmo dia cria uma certa disputa entre os organizadores. 

 

O dia da morte não deve ser dia comemorativo? Que bobagem! O dia de todos os santos da Igreja Católica geralmente é o dia em que o santo morreu, por exemplo. Porque de acordo com a fé cristã a morte é um dia de glória! E mesmo que você não seja cristão há de concordar que é depois da morte que alguém cuja vida teve grande relevância para a História entra para o rol da imortalidade.

 

O dia 12/09 não é apenas aniversário natalício de JK, é o Dia do Pioneiro que construiu Brasília. Ou seja, é "Dia do Candango". Taí o que deveria ser comemorado em Brasília com toda pompa e circunstância!  12 de Setembro deveria ser o dia de homenagear os anônimos e anônimas que construíram a capital federal. 

 

Mas, 22 de Agosto deveria ser o dia da capital homenagear o seu fundador e relembrar aquela grande manifestação cívica em plena ditadura.

 

Fica a dica para os descendentes de JK.



Leiliane Rebouças




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