Na
tarde desta quarta-feira (16/8), dia em que o Distrito Federal registrou o 24º
feminicídio do ano, a vice-governadora Celina Leão (PP) participou do CB.Poder —
programa realizado por meio de parceria entre Correio Braziliense e TV Brasília. Na
conversa comandada pelas jornalistas Denise Rothenburg e Lorena Pacheco, Celina
falou sobre os esforços do Governo do DF (GDF) no combate à violência contra a
mulher, além da votação do Fundo Constitucional do DF (FCDF) e da possível
participação de parlamentares do PP no governo do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. (Vídeo ~~~)
Celina
também lembrou que, no último debate promovido pelo Correio, o GDF baixou uma portaria em que modificou
o protocolo de atendimento a mulheres em situação de violência. “Não esperamos
mais o Judiciário dar a medida protetiva. Oferecemos de imediato para essa
mulher o botão do pânico e o aplicativo”, explicou.
Durante
a conversa, Celina revelou, em primeira mão, que o governador Ibaneis Rocha
acaba de encaminhar para a Câmara Legislativa do DF (CLDF) um projeto de lei que estabelece um
benefício de R$ 600 para os órfãos do feminicídio. “O pai está
preso, a mãe morta e avó muitas vezes tentando dar o básico, colocar a comida
na mesa. É um projeto que dá suporte pós-traumático financeiro para a tutora ou
tutor, desde que não seja o feminicida, que fica impedido de ver os filhos”,
detalhou. A proposta prevê o valor para cada filho que perdeu a mãe por conta
da violência até atingir a maioridade ou até os 21 anos, a depender do grau de
vulnerabilidade.
Política: Celina
Leão disse que o FCDF já é o “menor dos
problemas” do Arcabouço Fiscal., A vice-governadora enfatizou ainda,
ao falar sobre o tema, que já há um consenso entre líderes do Congresso
Nacional acerca da retirada do fundo do texto do arcabouço. “O governo quer que
o arcabouço seja votado, mas muitos líderes do legislativo estão insatisfeito
com o tratamento dado pelos ministros a eles”, enfatizou.
Sobre
uma possível adesão do PP ao governo Lula, ela revelou que o partido está
dividido, muito embora o presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (Piauí),
tenha sido claro em relação a se manter na oposição. “Acredito que a ala
majoritária se dará por estados. Cada estado tem uma percepção. Aqui no DF, o
centro e a direita ganharam as eleições em primeiro turno. Então você não pode
trair a expectativa do seu eleitorado”, frisou.